terça-feira, 27 de outubro de 2009

Gastrite


A inflamação do revestimento do estômago, denominada gastrite, causa desconforto ou dor e náusea e vômitos.

A gastrite de início repentino (agudo) pode ser causada por excessos, especialmente de álcool ou por medicamentos que reconhecidamente afetam o revestimento do estômago, como a aspirina. A gastrite crônica se desnvolve a longo prazo e pode ser causada pela ofensa repetitiva ao revestimento por álcool, tabaco ou medicamentos. Outra causa comum é a bactéria Helicobacter pylori. A gatrite frequentemente melhora com medicação e remoção da causa subjacente.

REFLUXO GÁSTRICO


O conteúdo do estômago pode fluir de volta para o esôfago, causando desconforto conhecido como azia que é um sintoma comum e freqüentemente ocorre após excesso de alimento ou abuso do consumo de álcool, ou em gestantes. Às vezes, porém o problema persiste ou sua gravidade aumenta e requer cuidados médicos. Se o reflexo permanece, ale pode causar inflamação no esôfago.

Na passagem do esôfago para o estômago, a pressão é bastante forte para impedir a passagem do suco gástrico para o esôfago, pois a mucosa que o reveste não está preparada para receber essa substância irritante.

Quando existe uma fraqueza nessa região ou porque o diafragma (músculo que separa o tórax do abdômen) não consegue conter as estruturas que estão abaixo dele, ou por alterações funcionais do próprio músculo, o estômago sobe e forma uma hérnia chamada hérnia de hiato. Nesse caso, um líquido ácido escapa do estômago, atinge o esôfago e pode alcançar outros órgãos dos aparelhos digestivo e respiratório.

O percurso do suco gástrico até faringe e a boca e a irritação que pode provocar nas estruturas da cavidade oral. Como a parte superior do aparelho digestivo está em contato íntimo com o aparelho respiratório (a faringe é separada da laringe pela epiglote), o suco gástrico pode alcançar a glote e penetrar na laringe, traquéia, brônquios e nos pulmões e provocar problemas graves no organismo.

Obesidade e tabagismo aumentam a probabilidade de refluxo gástrico. Os sintomas também podem se desenvolver em pessoas com hérnia de hiato.

GENGIVITE


A inflamação das gengivas é uma dos problemas mais comuns de todos os problemas de saúde. A causa usual da gengivite é a higiene oral precária, a placa bacteriana (deposição de partículas de alimentos e outros detritos) se acumula em torno da base dos dentes, onde as coroas encontram a gengiva. Esta se torna vermelho-arrocheado e inchada, sangrando com facilidade quando escovada. Se não tratada, essa pode se destacar do colo do dente produzindo uma área de aglomeração de bactérias e causar infecção.

Fatores que contribuem para a gengivite incluem gravidez e diabetes sem controle, devido à alterações hormonais que pode aumentar a susceptibilidade da gengiva e/ou modificar a composição da microflora dentogengival. Alterações hormonais durante a puberdade também podem aumentar o risco de gengivite. O risco de gengivite é elevado por cálculos dentais, dentes desalinhados e mal ajustamento ou limpeza inadequada em dentaduras, pontes e coroas. O medicamento fenitoína, pílulas anticoncepcionais e ingestão de metais pesados também podem causar gengivite. Escovar os dentes com creme dental e usar fio dental são as melhores formas de prevenção.

O principal tratamento é a remoção da placa pelo dentista.

Processo Inflamatório

Cicatrização é um processo pelo qual um tecido lesado é substituído por um tecido conjuntivo vascularizado, sendo semelhante.
O primeiro passo é a ocorrência de uma reação inflamatória, esta fase compreende os processos de hemostasia e resposta inflamatória aguda, limitando a extensão da lesão tecidual. Na fase inflamatória o exsudato de células fagocitárias reabsorve o sangue extravasado e os produtos da destruição tecidual.

Em seguida é observada a fase proliferativa - proliferação de fibroblastos e endotélio formando o tecido conjuntivo cicatricial.

E por fim, o tecido cicatricial sofre remodelação que implica no equilíbrio entre a síntese e a degradação de colágeno, redução da vascularização e da infiltração de células inflamatórias, até que se atinja a maturação.



"O processo de cicatrização é universal e após o ferimento ocorre uma seqüência de reações físicas, químicas e biológicas cuja finalidade é reconstituir a continuidade tecidual que foi interrompida. Esta seqüência de reações é idêntica em qualquer tipo de lesão tissular e pode ser dividida em três fases, ou seja, a inflamatória, a fibroblástica e a maturação, que embora sejam distintas, se sobrepõem de tal maneira, que numa delas pode-se observar elementos da fase subseqüente e vice-versa, num processo de envolvimento eminente e dinâmico (MODOLIN & BEVILACQUA, 1985)." www.scielo.br/pdf/rlae/v8n1/12345.pdf

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Ferimentos


Quando a superfície da pele é lesada por ferimentos, a cicatrização pode ocorrer por si só ou com auxilio médico.

Os ferimentos podem ocorrer por acidente, ou como incisões durante uma cirurgia. A boa cicatrização de um ferimento depende da sua da sua extensão e profundidade, do estado e saúde do paciente, e da prevenção de infecção.

Um ferimento limpo e bem fechado geralmente cicatriza em poucas semanas e quase não deixa marcas. Um ferimento aberto com bordas recortadas leva mais tempo para cicatrizar e pode deixar uma cicatriz com marcas maiores. O processo de cicatrização pode ser auxiliado por fechamento com sutura ou adesivo.

Tipos de lesão.

Perfurante: as perfurantes têm pequenas áreas, mas penetram profundamente. A cicatrização é geral morte rápida, mas há risco de infecção maior por micróbios que penetram o tecido profundo-especialmente a bactéria do tétano (Clostridium tetani) encontrada no solo.

Corte: Os estudos com bordas lisas geralmente se fecham com um mínimo de formação de cicatriz se adequadamente limpos, fechados para promover a cicatrização das bordas da pele e cobertos para isolar de infecção cortes mais profundos podem necessitar de sutura para evitar cicatrizes.

Abrasão: Podem arrancar uma grande área de pele, lesando muitas terminações nervosas e causando dor considerável. Abrasão de epiderme geralmente se causam sem forma cicatrizes, abrasões mais profundas tem maior probabilidade de baixa cicatrizes.

domingo, 25 de outubro de 2009

Trombose

É a formação ou desenvolvimento de um trombo.A trombose pode ocorrer em uma veia situada na superfície corporal, logo abaixo da pele. Nessa localização é chamada de tromboflebite superficial ou simplesmente tromboflebite ou flebite.Quando o trombo se forma em veias profundas, no interior dos músculos, caracteriza a trombose venosa profunda ou TVP.Em qualquer localização, o trombo irá provocar uma inflamação na veia, podendo permanecer restrito ao local inicial de formação ou se estender ao longo da mesma, provocando sua obstrução parcial ou total.
Nas veias superficiais, ocorre aumento de temperatura e dor na área afetada, além de vermelhidão e edema (inchaço). Pode-se palpar um endurecimento no trajeto da veia sob a pele.Nas veias profundas, o que mais chama a atenção é o edema e a dor, normalmente restritos a uma só perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e pé ou estar mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha.
Nas veias superficiais, ocorre aumento de temperatura e dor na área afetada, além de vermelhidão e edema (inchaço). Pode-se palpar um endurecimento no trajeto da veia sob a pele.Nas veias profundas, o que mais chama a atenção é o edema e a dor, normalmente restritos a uma só perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e pé ou estar mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha.
Os fatores que favorecem a coagulação são classificados em três grupos:1 – Estase – é a estagnação do sangue dentro da veia. Isto ocorre durante a inatividade prolongada, tal como permanecer sentado por longo período de tempo (viagens de avião ou automóvel), pessoas acamadas, cirurgias prolongadas, dificuldade de deambulação, obesidade, etc.2 – Traumatismo na veia – qualquer fator que provoque lesão na fina e lisa camada interna da veia, tais como trauma, introdução de medicação venosa, cateterismo, trombose anterior, infecções, etc., pode desencadear a trombose.3 – Coagulação fácil ou Estado de hipercoagulabilidade – situação em que há um desequilíbrio em favor dos fatores procagulantes. Isto pode ocorrer durante a gravidez, nas cinco primeiras semanas do pós-parto, uso de anticoncepcionais orais, hormonioterapia, portadores de trombofilia (deficiência congênita dos fatores da coagulação), etc.
A tromboflebite superficial raramente provoca sérias complicações; as veias atingidas podem, na maioria das vezes, ser retiradas com procedimento cirúrgico, eliminando as chances de complicar. No entanto, se a trombose é numa veia profunda, o risco de complicações é grande.
Complicações imediatas ou agudas – a mais temida é a embolia pulmonar. O coágulo da veia profunda se desloca, podendo migrar e ir até o pulmão, onde pode ocluir uma artéria e colocá-lo em risco de vida.Complicações tardias – tudo se resume numa síndrome chamada Insuficiência Venosa Crônica (IVC), que se inicia com a destruição das válvulas existentes nas veias e que seriam responsáveis por direcionar o sangue para o coração. O sinal mais precoce da IVC é o edema, seguido do aumento de veias varicosas e alterações da cor da pele. Se o paciente não é submetido a um tratamento adequado, segue-se o endurecimento do tecido subcutâneo, presença de eczema e, por fim, a tão temida úlcera de estase ou úlcera varicosa.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Priapismo


É uma ereção persistente e freqüentemente dolorosa, com duração maior que 4 horas. Essa ereção peniana pode ocorrer após o orgasmo, mas geralmente não acompanha o desejo sexual. É uma emergência urológica que pode levar ao quadro de impotência sexual definitiva, e por isso merece pronto atendimento, no hospital mais próximo.
Existem dois tipos principais de priapismo. O primeiro ocorre por lesão venosa. Há uma obstrução no conjunto de veias que drenam o pênis, impedindo que o sangue presente no órgão, retorne ao corpo. A pressão do sangue dentro do pênis se eleva e falta oxigênio para o tecido peniano, gerando um quadro de dor intensa. O priapismo venoclusivo prolongado pode levar a fibrose do pênis e perda da capacidade de atingir uma ereção, observando-se alterações celulares significativas em apenas 24 horas.
O outro tipo ocorre por uma lesão arterial, onde há a ruptura de uma ou mais artérias que levam o sangue até o pênis. O sangue passa a chegar em grande volume e de forma rápida ao órgão, enquanto o escoamento é lento, gerando um estado de ereção prolongada. Como não há deficiência de chegada de sangue às fibras sensitivas do pênis, geralmente não há dor.
A grande diferença é que neste tipo, a consistência do pênis não é de tanta rigidez como no caso da lesão venosa. Isso ocorre porque o sangue consegue deixar o pênis, mesmo que de forma mais lenta que sua chegada a ele, gerando um estado parcial de ereção, que pode perdurar por um longo período, sem causar dor e muitas vezes sem prejudicar o ato sexual.
O priapismo venoso pode ocorrer devido a doenças como anemia falciforme, doenças neurológicas que causam lesão de fibras nervosas envolvidas no mecanismo de ereção (hérnia de disco intervertebral), infiltração tumoral, pneumonia recentes por micoplasma, intoxicação por monóxido de carbono, malária e outras. Também pode ser causado pelo uso de alguns medicamentos como hidralazina, metoclopramida, omeprazol, hidroxizina, tamoxifeno, testosterona, hipotensores (prazosin), antidepressivos (Prozac), ou anticoagulantes (heparina), além de substâncias injetadas no pênis para provocar ereção artificial (papaverina, fentolamina, prostaglandina E1), e abuso de bebidas alcoólicas e drogas (cocaína). Acidentes com grande lesão do períneo e hemorragia local podem comprometer a drenagem do sangue peniano também levando ao quadro de priapismo. Já o priapismo arterial ocorre devido à ruptura das artérias que levam o sangue para o pênis como trauma perineal e/ou peniano.
O diagnóstico de priapismo é simples, pois pode ser baseado na história do paciente, que é clássica.
O priapismo muitas vezes necessita de atendimento médico URGENTE. Os objetivos do tratamento são esvaziar os corpos cavernosos intumescidos, melhorar a dor do paciente, e prevenir a impotência definitiva.
No caso da lesão venosa, a primeira conduta é puncionar o pênis para aspirar o sangue que se encontra estagnado dentro de pênis. Pela mesma punção deve-se introduzir substâncias como noradrenalina que podem ajudar na detumescência peniana (regressão da ereção). Caso essa manobra não solucione o problema, há necessidade de intervenção cirúrgica, para se criar uma comunicação de escape do sangue (shunt) e com isso, permitir a saída do sangue do interior do pênis.
Na lesão arterial, muitas vezes a ligadura cirúrgica da artéria sangrante ou a obstrução dessa artéria por cateterismo (embolização), resolve o problema.
Caso a busca por atendimento médico seja tardia, com permanência do priapismo por várias horas e conseqüente ocorrência de fibrose dos corpos cavernosos, há a possibilidade de comprometimento definitivo das ereções, quando a única solução passa a ser o uso de prótese peniana.
Há também a possibilidade de outros tratamentos, para casos especiais, como no priapismo secundário à doença falciforme, onde poderá ser necessária uma transfusão de sangue ou uso de oxigênio hiperbárico.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Úlcera venosa


A pele, melhor chamada de sistema cutâneo, devido a sua enorme variedade de funções, uma vez perdendo sua umidade e nutrição adequada (o que é dado pelo sistema vascular, seja arterial ou venoso), pode levar ao aparecimento das úlceras, geralmente após traumatismos, por menor que sejam, geralmente na perna.
Uma das causas mais freqüentes em outros locais, é a chamada úlcera de decúbito ou de pressão, que acomete as regiões sacra, calcâneos e dorso, quando o paciente fica deitado prolongadamente em uma posição no leito hospitalar ou em sua residência. Outra é a que aparece nos diabéticos, por exemplo, devido ao uso de sapatos apertados, que podem acarretar lesões bolhosas não sentidas, uma vez que estes pacientes possuem alterações de sensibilidade táctil e dolorosa, evoluindo para lesões que só são descobertas por ocasião do exame físico , ou quando surgem infecções nas mesmas.
Dependendo do sistema vascular acometido, venoso ou arterial, teremos quadros clínicos diferentes.
As lesões de causa venosa são mais comuns e frequentemente localizam-se nas extremidades, ao redor dos maléolos (tornozelos), principalmente o interno. Quase sempre os pacientes apresentam varizes próximas e sangramentos por estas lesões, não são incomuns. Além do quadro clínico do comprometimento do sistema venoso, ou seja, peso, cansaço, edema, eczemas etc., as lesões apresentam aspectos característicos: bordos irregulares e escavados, além da infecção que quando presente, poderá acarretar a necrose da pele (”morte do tecido”). Quando as lesões são de causa arterial a queixa principal é a dor devido a falta da circulação. Diferenciam-se das venosas principalmente por este sintoma. O paciente referirá claudicação - dores ao caminhar determinadas distâncias - e as lesões apresentam fundo pálido, tecidos necróticos em menor extensão, acometendo com frequência as polpas digitais e também os maléolos, tendão de Aquiles, calcâneos e os pontos de atrito da pele.
Uma outra lesão ulcerada que acomete pacientes hipertensos é a conhecida como ulcera maleolar hipertensiva ou úlcera de MARTORELL, extremamente rebelde ao tratamento.
Outros tipos de ulceras que podem acometer o sistema arterial, dizem respeito às doenças inflamatórias - vasculites ou arterites -, que são associadas a problemas imunológicos, reumatológicos e dermatológicos. Menos freqüentes, mas também muito dolorosas e em menor extensão.
No que diz respeito ao tratamento, utilizaremos vasodilatadores, analgésicos, antinflamatórios, antibióticos, flebotônicos e antineuríticos, porém um cuidado especial deverá ser tomado por ocasião dos curativos. Para estes, existem hoje substâncias que atuam de modo diferente, sendo especificas para cada tipo de lesão, tais como: os estimulates da cicatrização, emolientes, umidificantes, os que diminuem as secreções e os que fazem debridamento dos tecidos necróticos. Quanto ao problema das escaras, para preveni-las, hoje existem protetores especiais para os calcâneos e os chamados colchões em ” caixa de ovo”.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Trombose


É a formação ou desenvolvimento de um trombo.A trombose pode ocorrer em uma veia situada na superfície corporal, logo abaixo da pele. Nessa localização é chamada de tromboflebite superficial ou simplesmente tromboflebite ou flebite.Quando o trombo se forma em veias profundas, no interior dos músculos, caracteriza a trombose venosa profunda ou TVP.Em qualquer localização, o trombo irá provocar uma inflamação na veia, podendo permanecer restrito ao local inicial de formação ou se estender ao longo da mesma, provocando sua obstrução parcial ou total.
Nas veias superficiais, ocorre aumento de temperatura e dor na área afetada, além de vermelhidão e edema (inchaço). Pode-se palpar um endurecimento no trajeto da veia sob a pele.Nas veias profundas, o que mais chama a atenção é o edema e a dor, normalmente restritos a uma só perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e pé ou estar mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha.
Nas veias superficiais, ocorre aumento de temperatura e dor na área afetada, além de vermelhidão e edema (inchaço). Pode-se palpar um endurecimento no trajeto da veia sob a pele.Nas veias profundas, o que mais chama a atenção é o edema e a dor, normalmente restritos a uma só perna. O edema pode se localizar apenas na panturrilha e pé ou estar mais exuberante na coxa, indicando que o trombo se localiza nas veias profundas dessa região ou mais acima da virilha.
Os fatores que favorecem a coagulação são classificados em três grupos:1 – Estase – é a estagnação do sangue dentro da veia. Isto ocorre durante a inatividade prolongada, tal como permanecer sentado por longo período de tempo (viagens de avião ou automóvel), pessoas acamadas, cirurgias prolongadas, dificuldade de deambulação, obesidade, etc.2 – Traumatismo na veia – qualquer fator que provoque lesão na fina e lisa camada interna da veia, tais como trauma, introdução de medicação venosa, cateterismo, trombose anterior, infecções, etc., pode desencadear a trombose.3 – Coagulação fácil ou Estado de hipercoagulabilidade – situação em que há um desequilíbrio em favor dos fatores procagulantes. Isto pode ocorrer durante a gravidez, nas cinco primeiras semanas do pós-parto, uso de anticoncepcionais orais, hormonioterapia, portadores de trombofilia (deficiência congênita dos fatores da coagulação), etc.
A tromboflebite superficial raramente provoca sérias complicações; as veias atingidas podem, na maioria das vezes, ser retiradas com procedimento cirúrgico, eliminando as chances de complicar. No entanto, se a trombose é numa veia profunda, o risco de complicações é grande.
Complicações imediatas ou agudas – a mais temida é a embolia pulmonar. O coágulo da veia profunda se desloca, podendo migrar e ir até o pulmão, onde pode ocluir uma artéria e colocá-lo em risco de vida.Complicações tardias – tudo se resume numa síndrome chamada Insuficiência Venosa Crônica (IVC), que se inicia com a destruição das válvulas existentes nas veias e que seriam responsáveis por direcionar o sangue para o coração. O sinal mais precoce da IVC é o edema, seguido do aumento de veias varicosas e alterações da cor da pele. Se o paciente não é submetido a um tratamento adequado, segue-se o endurecimento do tecido subcutâneo, presença de eczema e, por fim, a tão temida úlcera de estase ou úlcera varicosa.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

QUELÓIDES


A formação de quelóides é o resultado da produção excessiva de colágeno em cicatrizes. É mais comum e intensa em negros e dificulta as cirurgias reparadoras - principalmente de queimaduras -, pois a tentativa de corrigir os quelóides faz com que apareçam em maior número. Quelóide é uma hipertrofia celular que ocorre nas lesões cicatriciais de algumas regiões do corpo, ou seja, é "uma cicatriz que não sabe quando parar de crescer". Ele se caracteriza por uma cicatriz endurecida, que se eleva acima do nível normal da pele. O formato costuma ser irregular, e a lesão tem a tendência de aumentar progressivamente com o passar do tempo. Ao contrário das cicatrizes normais, o quelóide não diminui de espessura. Normalmente, quando a pele é lesada por qualquer agente, o processo de cicatrização ocorre deixando uma cicatriz plana. Às vezes, essa cicatriz é mais espessa (ou hipertrófica), porém ela não se estende além das margens da lesão, sendo chamada de "cicatriz hipertrófica". Freqüentemente, esse tipo de cicatriz melhora com o tempo, reduzindo sua espessura, e o tratamento pode ajudar a acelerar esse processo. Ela é diferente do quelóide, o qual pode formar-se um tempo após a lesão da pele e costuma se estender além das margens da lesão original (característica diferenciadora principal). A maioria dos quelóides aparece depois de machucados ou cirurgias, porém podem surgir espontaneamente ou até mesmo em locais de cicatrização de acne, queimaduras ou colocação de piercings. O quelóide acomete igualmente homens e mulheres. Existe maior relato de quelóides em mulheres jovens do que em homens jovens, porém isso pode refletir o hábito mais freqüente das mulheres de furar os lóbulos das orelhas, para o uso de brincos. Observa-se que a incidência de quelóide é quinze vezes maior em indivíduos de pele mais escura, e acredita-se que esse risco seja devido à descendência africana e não à coloração escura da pele. Os quelóides geralmente não causam sintomas, mas algumas vezes podem ser acompanhados por prurido ou dor. As cicatrizes costumam ser largas ou espessas, com tamanho maior do que esperado, havendo uma relação correspondente entre a forma e tamanho da lesão. A cicatriz começa como uma placa rosada ou avermelhada, de consistência firme e elástica, bem definida. Nos primeiros meses sua identificação pode ser comprometida, mas, a seguir, o crescimento excessivo e descontrolado faz com que a cicatriz cresça além dos limites da lesão original, se torne lisa, de forma irregular, hiperpigmentada, de consistência rígida e sintomática. Antes de qualquer coisa, deve-se ressaltar, que não existe uma cura para o quelóide, ou seja, não há como eliminar totalmente o problema. Atualmente, estão em andamento pesquisas com o objetivo de identificar um agente que consiga fornecer um tratamento mais eficaz, auxiliando talvez na prevenção de sua ocorrência. Os tratamentos disponíveis apresentam resultados variáveis e, além disso, qualquer interferência em um quelóide pode levar ao seu aumento de tamanho ou à formação de outro quelóide. As opções de tratamento são as seguintes: Coberturas, Curativos Compressivos, Cirurgia, Injeções de Corticosteróides, Criocirurgia, Radioterapia, Laser terapia e Tratamentos Naturais.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Síndrome de Ehler Danlos

Além da produção de moléculas defeituosas, outras causas de doenças é a produção diminuída ou exagerada de colágeno. A síndrome de Ehler Danlos é um exemplo de produção diminuída do colágeno I. Síndrome de Ehlers-Danlos é a designação atribuída a uma doença congénita pouco comum e de difícil diagnóstico que se caracteriza pelo aumento da mobilidade articular e da elasticidade da pele (tecidos conjuntivos). A pele dos pacientes fica fina e friável, rasgando-se facilmente, e os ligamentos das articulações são frouxos. Numa forma benigna, ele se manifesta nas contorcionistas. Uma variante desta síndrome caracteriza-se pela falha na síntese de colágeno III. Os óbitos decorrem da ruptura das artérias e do intestino. Esta mobilidade anormal tem diferentes implicações no organismo, implicações cuja severidade varia desde a “simples” mobilidade articular e cutânea até a hipermobilidade grave com escoliose, problemas cardíacos e rompimento do baço.Deve o seu nome a Ehlers que descreveu a hipermobilidade articular em 1901 e a Danlos que por sua vez descreveu a fragilidade cutânea em 1908.

COLÁGENOS

Já foram identificados diferentes tipos de colágeno no corpo de mamíferos. Destes, quatro - numerados de I a IV - são os mais conhecidos. Eles diferem entre si pela fórmula química, pelo modo de associação entre suas moléculas, pelas funções que desempenham e pelas doenças que a sua má-formação e a sua produção excessiva ou insuficiente podem causar. O colágeno I é o mais abundante e está presente na pele, nos ossos, nos dentes e nos tendões. Apresenta-se sob forma de fibras grossas, sendo por isso o mais resistente a tensões.O colágeno II é encontrado nas cartilagens e produzido pelas células cartilaginosas. Como não forma fibras, só é visível com microscópio eletrônico. Associa-se a outras células da matriz extracelular, ligando-se fortemente à água. Ele funciona como uma esponja, cedendo água quando pressionado e voltando a forma primitiva quando a pressão cessa. Torna-se, assim, uma espécie de mola muito importante, que permite ao joelho, por exemplo, agüentar todo peso do corpo. Nas pessoas obesas, ele freqüentemente se desgasta, o que causa problemas de locomoção.O colágeno III é constituído por fibras nas artérias, no músculo dos intestinos e do útero e em órgãos como o fígado, o baço e os rins. É produzido pelas células musculares e outros tipos de células. As fibras deste tipo de colágeno apresentam certa elasticidade, e por isto são sempre encontradas em órgãos de forma variável, como intestino, útero e nas artérias.O colágeno IV é formado por moléculas de colágeno que não se associam em fibrilas, mas prendem-se umas as outras pelas extremidades, formando uma rede semelhante a uma tela de arames. Ele se associa a várias moléculas não fibrosas da matriz extracelular e forma uma membrana contínua que separa certos tecidos. Em certas regiões desempenha o papel de filtro. Isto é bem evidente nos rins, onde filtra a urina a partir do sangue. É produzido pelas células epiteliais, musculares e pelas células dos capilares sangüíneos. Vê-se, portanto, que a família dos colágenos tem várias funções e que suas moléculas se dispõem de diferentes maneiras, de acordo com a função a ser desempenhada. Há fortes evidências de que estas moléculas foram modificadas durante a evolução dos seres multicelulares e se adaptaram gradualmente a várias funções que surgiram nesse processo.A produção de colágeno é o resultado de uma complexa seqüência de eventos bioquímicos no interior das células, seguidos por outros fora delas. Esta seqüência de eventos explica como é possível haver uma grande variedade de moléculas de colágeno. Explica também porque várias doenças decorrem da síntese defeituosa destas moléculas, pois quanto maior o número de etapas necessárias, maior a probabilidade de defeitos.Algumas dessas doenças já são desconhecidas, e é muito provável que seu número aumente consideravelmente no futuro, seja porque ocorreram em outros tipos de colágeno, seja porque envolverão mais etapas da síntese dos tipos já conhecidos.
Figura mostrando um tumor com o aspecto predominantemente fusocelular, com caráter infiltrativo, crescendo entre os feixes colágenos. Os núcleos eram escuros, embora regulares, e o citoplasma mal definido. Não foram observadas figuras de mitose ou áreas de necrose.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Doença dos legionários

Essa é uma forma de pneumonia semelhante à infecção pulmonar é causada pela bactéria Legionella pneumophilia.
a doença dos legionários foi descrita primeiramente em 1976 após um surto de uma afecção semelhante a uma pneumonia grave entre os veteranos de guerra, em uma convenção de legionários americanos. Ela afeta mais freqüentemente homens do que as mulheres. Os sintomas assemelham-se aos das demais pneumonias devido às alterações respiratórias. Além disso, portadores podem apresentar diarréias, dor abdominal e icterícia. Ocorre muitas vezes em pessoas de meia idade e idosos, e a doença pode se tornar muita séria ao mesmo tempo fatal nas pessoas com o sistema imunológico enfraquecido.
Bactéria Legionella pneumophilia: Bactéria em forma de bastonete, esta presente na maior parte dos objetos para se acondicionar em água. Multiplicam-se rapidamente nos sistemas de ar-condicionados um que se usa água para o resfriamento do ar e nos encanamentos onde a água pode ficar parada.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

O que é o câncer bucal?


É um tipo de câncer que geralmente ocorre nos lábios (mais freqüentemente no lábio inferior), dentro da boca, na parte posterior da garganta, nas amígdalas ou nas glândulas salivares. É mais freqüente em homens do que em mulheres e atinge principalmente pessoas com mais de 40 anos de idade. O fumo, combinado com o excesso de bebida alcóolica, é um dos principais fatores de risco.Se não for detectado de maneira precoce, o câncer bucal pode exigir tratamentos que vão da cirurgia (para a sua remoção) à radioterapia ou quimioterapia. Este câncer pode ser fatal, com uma taxa de sobrevivência de cinco anos de 50%*. Uma das razões pelas quais este prognóstico é tão negativo é o fato de que os primeiros sintomas não serem reconhecidos logo. O diagnóstico precoce é fundamental para o sucesso do tratamento.
Quais os sintomas deste tipo de câncer?
Nem sempre é possível visualizar os primeiros sinais que indicam a existência do câncer bucal, o que aumenta a importância das consultas regulares com o dentista ou o médico. Seu dentista foi preparado para detectar os primeiros sinais do câncer bucal. Contudo, além das consultas regulares, é preciso que você fale com seu
dentista se perceber qualquer dos sinais abaixo: Ferida nos lábios, gengiva ou no interior da boca, que sangra facilmente e não parece melhorar Um caroço ou inchaço na bochecha que você sente ao passar a língua, Perda de sensibilidade ou sensação de dormência em qualquer parte da boca, Manchas brancas ou vermelhas na gengiva, língua ou qualquer outra parte da boca, Dificuldade para mastigar ou para engolir, Dor sem razão aparente ou sensação de ter algo preso na garganta, Inchaço que impede a adaptação correta da dentadura, Mudança na voz.
Como se trata o câncer bucal?
Depois do diagnóstico, uma equipe de especialistas (que inclui um cirurgião dentista) desenvolve um plano de tratamento especial para cada paciente. Quase sempre a cirurgia é indispensável, seguida de um tratamento de radio ou quimioterapia. É essencial entrar em contato com um profissional que esteja familiarizado com as mudanças produzidas na boca por essas terapias.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

De acordo com o site G1 de São Paulo: "A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) divulgou, nesta sexta-feira (18), o número de inscritos no vestibular 2010. Os cursos de medicina e biomedicina são os mais concorridos com 34,52 e 22,98 concorrentes por vaga, respectivamente. Engenharia química é o terceiro com mais inscrições, são 22,52 candidatos por vaga."
Parabéns aos Biomédicos e estudantes do curso de BIOMEDICINA por estarem ganhando reconhecimento e abertura no mercado trabalho para exercerem sua profissão.

Glaucoma


É uma doença causada pela lesão do nervo ótico relacionada à pressão ocular alta. Pode ser crônico ou agudo. Quando crônico é caracterizado pela perda da visão periférica (visão que permite perceber objetos ao nosso redor), devido à lesão das fibras dos nervos que se originam na retina e formam o nervo óptico. O principal fator relacionado a esta lesão é a pressão interna do olho alta, porém existem outros fatores ainda em estudo. Quando agudo, se dá porque a pressão interna do olho torna-se extremamente alta e causa perda súbita e grave da visão (a média da pressão é 16 mmg porém varia entre 12 até 23 mmg sem no entanto causar problemas na maioria das pessoas).

O glaucoma raramente apresenta sintomas, os sinais da doença só vão surgir nos glaucomas agudos, quando o paciente sofre fortes dores de cabeça , fotofobia, enjôo e dor ocular intensa.

Para o diagnóstico do glaucoma alguns exames devem ser realizados, como: tonometria de aplanação (exame para a tomada da pressão intra-ocular), fundo de olho (exame para avaliar se existe lesão do nervo óptico provocado pelo glaucoma), gonioscopia (exame para classificar o tipo de glaucoma) e campo visual (exame para avaliar se há perda do campo visual). O diagnóstico precoce do glaucoma só é feito em um exame oftalmológico de rotina e a medida anual da pressão intraocular é a forma mais sensata de se preservar a visão.

Cegueira Pode Mesmo Intensificar Outros Sentidos


A afirmação familiar é tema de muitos roteiros de Hollywood --como "Demolidor", no qual a repentina cegueira de um advogado intensifica seus outros sentidos e o transforma em super-herói. Estudos sugerem que a história é mais real que fantasia.
Numa série de estudos, neurocientistas da McGill University testaram participantes cegos e com visão normal para verificar a percepção e habilidade de localizar sons.
Os participantes cegos geralmente tiveram pontuação maior, o que foi uma grande surpresa --até que os cientistas descobriram que o momento em que os participantes tinham ficado cegos afetava seu desempenho.
Os cegos de nascença se saíram melhor, os que ficaram cegos quando crianças ficaram um pouco atrás, e os que perderam a visão após os dez anos de idade não foram melhores que os participantes de visão normal.
A implicação é que um cérebro jovem poderia ser requalificado para que as áreas de processamento visual fossem utilizadas com outros propósitos.
Talvez a maior prova disso tenha sido mostrada em estudos de imagens cerebrais, nos quais cientistas descobriram que indivíduos cegos que melhor puderam localizar um som envolviam tanto o córtex auditivo quanto o occipital, onde ocorre a percepção visual. Participantes cegos que tiveram baixo desempenho, assim como os indivíduos de visão normal, tiveram pouca ou nenhuma atividade no lóbulo visual.
Outros estudos tiveram resultados similares com a identificação de odores e sensações táteis.

Fonte: "Jornal Folha de São Paulo, Adaptado do The New York Times; 06/10/2009"

Sífilis


É uma doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum. Manifesta-se em três estágios: primária, secundária e terciária. Os dois primeiros estágios apresentam as características mais marcantes da infecção, quando se observam os principais sintomas e quando essa DST é mais transmissível. Depois, ela desaparece durante um longo período: a pessoa não sente nada e apresenta uma aparente cura das lesões iniciais, mesmo em casos de indivíduos não tratados. A doença pode ficar então, estacionada por meses ou anos, até o momento em que surgem complicações graves como cegueira, paralisia, doença cerebral, problema cardíaco, podendo inclusive levar à morte.
A sífilis manifesta-se inicialmente como uma pequena ferida nos órgãos sexuais (cancro duro) e com ínguas (caroços) nas virilhas, que surgem entre a 2ª ou 3ª semana após a relação sexual desprotegida com pessoa infectada. A ferida e as ínguas não doem, não coçam, não ardem e não apresentam pus. Após certo tempo, a ferida desaparece sem deixar cicatriz, dando à pessoa a falsa impressão de estar curada. Se a doença não for tratada, continua a avançar no organismo, surgindo manchas em várias partes do corpo (inclusive nas palmas das mãos e solas dos pés), queda de cabelos, cegueira, doença do coração, paralisias. Caso ocorra em grávidas, poderá causar aborto/natimorto ou má formação do feto. A transmissão da sífilis pode ser passada de uma pessoa para outra por meio de relações sexuais desprotegidas (sem preservativos), através de transfusão de sangue contaminado (que hoje em dia é muito raro em razão do controle do sangue doado), e durante a gestação e o parto (de mãe infectada para o bebê).
Como não há perspectiva de desenvolvimento de vacina, em curto prazo, a prevenção recai sobre a educação em saúde: uso regular de preservativos, diagnóstico precoce em mulheres em idade reprodutiva e parceiros, e realização do teste diagnóstico por mulheres com intenção de engravidar.

Governo destina R$ 2,1 bilhões à Saúde para combater gripe suína


Foi divulgado hoje no site abril.com: São Paulo - O presidente em exercício, José Alencar, aprovou a medida provisória (MP) número 469, que libera crédito suplementar de R$ 2,1 bilhões para a prevenção e o combate da Influenza A (H1N1), popularmente conhecida como gripe suína. Tal decisão foi publicada hoje no Diário Oficial da União (DOU). Da verba aprovada, R$ 1,06 bilhão será usado na aquisição de vacinas que serão distribuídas no início de 2010. O recurso também será utilizado em equipamentos para hospitalização, material de diagnóstico, aumento do número de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e capacitação de profissionais de saúde. As informações são da Assessoria de Imprensa do ministério.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

O prêmio Nobel da Medicina de 2009 - descoberta e identificação da telomerase


Elizabeth Blackburn, Jack Szostak e Carol Greider ganharam o prémio equivalente a 1,42 milhão de dólares pelos seus trabalhos sobre os telómeros e a enzima telomerase.

Esta enzima desempenha ela desempenha um papel importante no crescimento descontrolado de tumores.

Esta enzima age sobre uma sequência de bases nitrogenadas encontrada na parte terminal dos cromossomos, os telômeros. Estas estruturas, a cada divisão celular, diminuem e são amplificados em seguida. Este processo de restabelecimento de telômero é feita pela telomerase. Após sucessivas divisões a telomerase se torna inativa e o telômero perde um nomero de bases suficentes, que não serão respostas mais, levando a morte celular. Por este motivo é dito que a telomerase é chamado como "relógio celular".

sábado, 3 de outubro de 2009

Mecanismos de ação do "Relógio Celular"

Uma das mais conhecidas formulações sobre a morte celular esta controlado por nossos genes foi feita por Leonard Hayflick, em 1977. O chamado limite de Hayflick, que afirma que as células irão se dividir e se reproduzir apenas um número limitado de vezes e que esse número é geneticamente programado.

As células humanas, eucarióticas, têm cromossomos lineares. Há dificuldades para a replicação das duas extremidades. Embora a fita contínua possa, teoricamente, ser sintetizada até o final de seu molde, a fita retrógrada não pode. Embora isso não seja um problema em uma única replicação, ao longo de muitos ciclos as extremidades dos cromossomos seriam encurtadas, até que genes essenciais fossem perdidos e a célula morreria. Conseqüentemente, a natureza procura impedir a perda contínua do DNA nas extremidades dos cromossomos. Nesse local existem, então, estruturas protetoras especiais, chamadas de telômeros, que contem muitas repetições de uma seqüência de seis nucleotídeos, rica em GUANINA. Os telômeros humanos contem milhares de repetições TTAGGG. O tamanho dos telômeros é mantido por enzimas, chamadas de telomerases, que adicionam repetições de seis nucleotídeos sua extremidade.

Segundo esta teoria, a enzima telomerase é considerada um relógio biológico, um marcador a indicar que a senescência celular irá se instalar inevitavelmente, causando o envelhecimento.

A telomerase é uma enzima classificada como transcriptase reversa, composta de uma subunidade de uma proteína que possui um componente interno de RNA que é uma região molde para a produção de DNA. Esta subunidade é identificada por TERT, está na região do C- terminal do polipeptídeo, também na região N-terminal, basicamente na região dos telômeros.

O gene de produção da telomerase e o gene conhecido por p 53 devem participar de um sistema eficiente de supressão de tumores, mas em contrapartida, com a diminuição da ação da telomerase, os cromossomos se encurtam na região dos telômeros e, inevitavelmente, por causa da manutenção de um tecido jovem, que necessita de divisões celulares contínuas, surge o envelhecimento, a senescência. Quando a telomerase está atuante, permite a alta capacidade de divisões celulares por mitoses sucessivas, o que seria uma proteção contra a senescência. O envelhecimento seria o preço de uma vida sem câncer.

Menopausa e o Risco de Osteoporose




O sistema esquelético é formado por uma matriz, cuja base é uma proteína chamada de colágeno, à qual se deposita cálcio e fósforo, formando um complexo orgânico firme, mas maleável. A partir dos 50 anos ocorre uma menor atividade de reconstrução óssea. É frequente, portanto, em idade mais avançada a diminuição da altura pela perda de massa óssea das vértebras da coluna lombar, pelo aumento da curvatura da coluna, e a presença de menor quantidade de cálcio e fósforo nos ossos. Esses fenômenos podem ser minimizados com exercícios constantes e moderados, como caminhar, e alimentação sadia, com níveis nutricionais adequados de cálcio.

Hormônios

O hormônio de crescimento (GH) é essencial para o esqueleto formar a matriz protéica onde irá fixar-se o cálcio e o fósforo. Com a idade, há um natural declínio de secreção do GH pela hipófise e simultaneamente menor formação de matriz óssea. A glândula tireóide produz os hormônios T4 e T3, que promovem o estímulo das cartilagens de crescimento dos ossos longos, onde se deposita cálcio . Este processo resulta em crescimento contínuo da criança até a adolescência, quando as cartilagens de crescimento são “fechadas” pelos hormônios sexuais (testosterona para rapazes e estradiol para as meninas).
Ao lado da calcitonina (produzida pela tireóide) os hormônios sexuais produzem nos ossos mecanismos que retardam a destruição óssea (osteoclastos) e estimulam a formação de “osso novo” pelos osteoblastos. A vitamina D e o hormônio das glândulas paratireóides (chamado de PTH ou paratormônio) estimulam os osteoblastos a formar osso novo.

Desintometria

Pode-se avaliar o conteúdo de cálcio nos ossos por aparelhos chamados de densitômetros, cujos valores são expressos em Densidade Mineral Óssea – DMO (cálcio por unidade de peso). A densitometria óssea faz parte da avaliação da mulher na menopausa, pois com menor produção de hormônio feminino existe uma tendência de menor deposição de cálcio no sistema esquelético.

Osteopenia e Osteoporose

Estas duas palavras indicam graduações da perda de cálcio nos ossos. A osteopenia aplica-se às condições em que a DMO é discretamente menor do que o normal comparativamente encontrado em pessoas da mesma idade e consideradas normais. Por outro lado a Organização Mundial de Saúde definiu a osteropenia como uma DMO menor do que aquela encontrada em mulheres normais na faixa etária de 30 anos. Mas muitos estudiosos do assunto concluíram que apresentar osteopenia, nestes termos, não teria importância clínica e os pacientes não devem se preocupar com osteopenia.

Por outro lado, a osteoporose se refere a pacientes cuja DMO é bem mais baixa do que em mulheres normais (cerca de 2,5 vezes menor do que normais). Na maioria dos casos existe perda de cálcio por falta de hormônio feminino (estrógeno) na fase da menopausa, e que se associa a ingestão baixa de cálcio nutricional e sedentarismo.

Tanto na osteopenia como na osteoporose o tratamento indicado inclui ingestão maior de cálcio na dieta (produtos derivados do leite), comprimidos de cálcio e, sob orientação médica, medicamentos que induzem maior formação de osso e subsequentemente maior depósito de cálcio. O tratamento deve se prolongar por três anos no mínimo, para evitar a possibilidade de fraturas (colo do fêmur, vértebras). O médico pode também recorrer a preparações hormonais femininas para manter o cálcio dentro dos ossos.

FONTE: "Revista Veja; 05/10/2009"

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Quando ir ao Médico: Saiba Quais Sintomas Não Podem Ser Desprezados

Procurar um médico nem sempre é a primeira opção para pessoas que sentem uma dor de cabeça com início súbito. É comum, também, adiar a consulta se alguma parte do corpo começa a inchar ou se o peso na balança passa a diminuir gradualmente. No entanto, não são apenas nos traumas e nas dores no peito que residem bons motivos para procurar um profissional de saúde. O corpo dá sinais sutis quando há algum problema, indícios muitas vezes ignorados. A sugestão é observar e, se for o caso, procurar um médico para tirar todas as dúvidas. (OBS.: Primeiramente estão os sintomas e, em seguida, algumas patologias).

1) Dor de cabeça forte ou repentina
Enxaqueca; Acidente Vascular Encefálico (AVE) ou derrame; Câncer de cabeça ou tumores que crescem até a cabeça; Hemorragia subdural, que pode acontecer após um trauma; Encefalite; Se acompanhada por rigidez no pescoço, pode ser meningite;

2) Alteração dos hábitos intestinais
Intoxicação alimentar; Infecções intestinais, ligadas à alimentação ou bactérias; Doença diverticular dos cólons (doença inflamatória intestinal); Doença de Crohn (doença inflamatória intestinal); Abuso de gordura na alimentação.

3) Perda de peso inexplicável (5% do peso corpóreo)
Hipertireoidismo; Diabetes; Se acompanhada de febre pode ser tuberculose; Distúrbios alimentares (anorexia e bulemia); Depressão; Câncer.

4) Febre alta e persistente
Infeccões, causadas por vírus, como gripe, resfriado; Quadros infecciosos, como infeccões do trato urinário; Tuberculose, com febre respentinan não muito alta.

5) Sonolência crônica
Apnéia obstrutiva do sono; Hipotireoidismo; Privação do sono.

6) Falta de ar
Problemas pulmonares; Problemas cardíacos; Asma brônquica.

7) Tosse persistente
Tuberculose; Doença do refluxo gástrico-esofágico; Câncer de pulmão; Bronquite crônica (comum em fumantes).

8) Juntas quentes e vermelhas
Artrite infecciosa; Artrite reumatóide; Crise de gota; Doença de Lyme, desencadeada pela picada de um carrapato.

9) Inchassos persistentes
Hipoalbuminemia; Insuficiência cardíaca; Trombose; Problema nos rins ou fígado.

10) Dor no peito
Infarto agudo do miocádio, pode vir acompanhado de dor e formigamento no braço; Infecção respiratória; Hépes zóster, mais comum em idosos (catapora).

Fontes: "Paulo Olzon Monteiro da Silva, infectologista e chefe da disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp); Ana Paula de Oliveira Ramos, clínica-geral e suplente do capítulo de dor e cuidados paliativos da Sociedade Brasileira de Clínica Médica (Sbcm)."

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Depressão e Tireóide

A síndrome depressiva é caracterizada por alterações de humor, com ansiedade, insônia e demais sintomas psicológicos que persistem por um período mínimo de duas semanas, com impacto mais ou menos profundo nas atividades sociais e ocupacionais, prejudicando o trabalho do paciente, ou limitando sua atividade produtiva e profissional. A severidade da depressão é geralmente avaliada por uma escala de pontos em que cada sintoma ganha um valor numérico. Os pacientes que, nesta escala, têm um “score” muito elevado são portadores de depressão extremamente severa.
A classificação psiquiátrica emprega várias terminologias para diferentes subtipos de sintomas depressivos. É o caso da depressão pós-parto (relativamente comum, atingindo 10% das puérperas e com alterações na glândula tireoide); da doença depressiva sazonal, que ocorre em invernos prolongados do hemisfério norte; e da depressão com predomínio melancólico, com sinais depressivos durante o período matinal, perda do apetite, peso e retardo psicomotor.

As Causas
Em nosso cérebro, as comunicações são efetuadas por meio de ondas eletromagnéticas perceptíveis ao exame chamado de eletroencefalograma. Por outro lado, os elementos que constituem a massa cerebral - os neurônios - têm como forma de mensagem as substâncias químicas chamadas monoaminas (serotonina, dopamina e nor-adrenalina).
A hipótese mais aceita pelos cientistas e neurologistas clínicos é que as síndromes depressivas se associam a uma queda da atividade da serotonina. Com menor conteúdo de serotonina, o sistema de mensagem entre neurônios torna-se errático, levando ao desequilíbrio de outros neurotransmissores, tais como a nor-adrenalina. Quando o clínico, o psiquiatra, o neurologista indicam medicamentos que elevam a serotonina, os sintomas depressivos se atenuam e progressivamente desaparecem.
Outras teorias sobre estados depressivos indicam que baixos níveis de hormônio feminino (estradiol), encontrados na maioria das mulheres menopausadas, podem ser coadjuvantes no desencadear da depressão e que a reposição hormonal com estradiol favorece a “cura” do estado depressivo.

A Fução da Tireóide e a Depressão
Os hormônios da tireoide, tiroxina (T4) e tri-iodo-tironina (T3), são essenciais para o funcionamento do sistema nervoso central. O cérebro transforma o hormônio tiroxina em T3 por meio de uma atividade enzimática peculiar à célula nervosa. O hormônio T3 liga-se à célula nervosa por um receptor especial e induz vários efeitos metabólicos dentro da célula nervosa.
Desta breve descrição da importância do hormônio da tireoide para o tecido cerebral veio a noção de que a falta de T3, como ocorre em pessoas com HIPOTIREOIDISMO (falta de hormônio da tireoide) seria causa de síndromes depressivas ou seria um agravante da depressão.
Mais tarde, estudos realizados em pacientes que tiveram a glândula tireoide totalmente removida por cirurgia, por doença auto-imune ou por uso de iodo radioativo em dose elevada indicaram que o estado de melancolia, baixa capacidade de comunicação e alterações psicomotoras estavam associados à baixa produção de hormônios tireoideos.
Hoje já se sabe que o hipotireoidismo agrava os estados depressivos. Por outro lado, a persistência do estado de baixa função da glândula tireoide pode dificultar o tratamento do depressivo com os fármacos serotoninérgicos usuais. Por este motivo é consensual a solicitação da dosagem do nível de hormônios tireoideos (T4, T3, T4 livre) e de TSH (hormônio da hipófise que estimula a tireoide) no conjunto de exames que avaliam o paciente com depressão.
Alguns autores propõem a introdução de pequenas doses de hormônios da tireoide em casos de depressão em que exista o chamado hipotireoidismo sub-clínico, isto é, pacientes que possuem níveis de tiroxina livre (T4 livre) normais, mas TSH elevado. Tal prática, contudo, ainda não é aceita por alguns endocrinologistas, embora tenha o sentido terapêutico de abreviar o retorno do paciente depressivo a suas atividades habituais com o alívio dos sintomas melancólicos.

Fonte: "Revista Veja; 17/08/2009"