quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Mudança no cheiro da urina pode indicar câncer de pulmão

Pesquisadores dos Estados Unidos descobriram que compostos secretados pela urina mudam de cheiro em camundongos com câncer de pulmão

Nos camundongos com câncer de pulmão, a urina tem um cheiro diferente. Pode acontecer o mesmo com os humanos Pesquisadores da Monell Center e da Universidade da Pensilvânia, descobriram que o cheiro dos fluídos do corpo podem ser usados para identificar câncer de pulmão em animais.
A descoberta, publicada no site PLoS One, pode contribuir para a identificação de potenciais indicadores para câncer de pulmão na urina humana. Os resultados mostram que esse tipo de câncer produz mudanças em compostos odoríferos secretados na urina e que tais alterações podem ser detectadas e usadas como ferramenta de diagnóstico, principalmente em pacientes de risco, como os fumantes.
"O câncer de pulmão causa mudanças nos odores corporais, que podem ser detectados tanto por animais treinados quanto por sofisticadas técnicas de laboratório", disse o biólogo Gary Beauchamp. Segundo ele, o monitoramento do odor pode melhorar o diagnóstico precoce e afinar métodos para o tratamento da doença.
Em estudos comportamentais, camundongos foram treinados para distinguir o cheiro da urina de animais com câncer de pulmão daqueles que não estavam doentes. Análises químicas da urina revelaram a existência de diversos compostos químicos diferentes entre a urina de camundongos com tumores e a dos animais saudáveis.
Em experimentos subseqüentes, os pesquisadores mediram esses compostos, chamados marcadores, presentes na urina de animais saudáveis e doentes. Com isso, foi possível construir perfis químicos que identificaram, com precisão, se 47 animais, de um total de 50, tinham ou não câncer de pulmão. O grau de acerto foi de 94%.
O câncer de pulmão é o tipo mais comum de câncer no mundo, responsável por 1,3 milhões de mortes todos os anos. Devido à gravidade desse tipo de carcinoma, os cientistas buscam novas técnicas eficientes de detecção da doença em estágio precoce.
Fonte:
http://revistaepoca.globo.com

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