segunda-feira, 31 de agosto de 2009

OMS não recomenda antivirais para pessoas com sintomas leves ou sem fatores de risco


Orientações, já adotadas pelo Ministério da Saúde desde julho, incluem o uso de medicamentos para pacientes em estado grave

Documento da Organização Mundial de Saúde (OMS) com recomendações aos países sobre o uso de antivirais no tratamento de pacientes infectados com o novo vírus A(H1N1) reforça o protocolo que o Brasil já vem adotando desde julho. Entre as recomendações está a de que “pacientes saudáveis sem doenças complicadoras (comorbidades) não precisam ser tratados com antivirais”. Veja, abaixo, a tradução da nota da OMS e o link para a original, em inglês.

Recomendação ao uso de antivirais


Genebra, 21 de agosto – A Organização Mundial de Saúde (OMS) está nesta data emitindo orientações para o uso de antivirais no tratamento de pacientes infectados com o vírus pandêmico H1N1. As orientações representam o consenso atingido por meio de um painel internacional de especialistas que se basearam em todos os estudos disponíveis sobre a segurança e eficácia dessas drogas. Foi dada ênfase ao uso do Oseltamivir e do Zanamivir para prevenir os casos graves da doença e as mortes, reduzindo a necessidade de hospitalização e internações.

O vírus pandêmico é atualmente suscetível a ambas as drogas (conhecidas como inibidores da neuraminidase), mas resistentes a uma segunda classe de antivirais (os inibidores de M2). Em todo o mundo, a maioria dos pacientes infectados com o vírus pandêmico continua a apresentar sintomas típicos da gripe comum e em sua maioria se recuperam em uma semana, mesmo sem qualquer forma de tratamento médico.
Pacientes saudáveis sem doenças complicadoras (comorbidades) não precisam ser tratados com antivirais. Em termos individuais, decisões sobre iniciar tratamentos precisam ser baseadas em avaliações clínicas e conhecimento sobre a presença do vírus na comunidade.

Em áreas onde o vírus está circulando amplamente na comunidade, os médicos, no atendimento de pacientes com sintomas de gripe, devem assumir que a causa é o vírus pandêmico. Decisões sobre tratamento não devem esperar por confirmações laboratoriais de infecção do H1N1. Essa recomendação é baseada em relatórios, de várias fontes, que o vírus H1N1 rapidamente se torna uma forma dominante.

Tratamento imediato de casos sérios

Dados analisados no painel indicam que o Oseltamivir, quando prescrito de forma correta, pode significar redução no risco de pneumonia (principal causa de morte para ambas gripes – tanto a pandêmica quanto a sazonal) e a necessidade de hospitalização.

Para pacientes que inicialmente apresentam a forma grave da doença ou cujo estado evolui para uma piora, a OMS recomenda o tratamento com o Oseltamivir o mais rápido possível. Estudos mostram que o tratamento realizado cedo, preferencialmente 48 horas após o aparecimento dos primeiros sintomas, é fortemente associado a uma melhora na evolução clínica.

Para pacientes com o caso severo ou com quadro de piora da doença, o tratamento deve ser providenciado mesmo se iniciado.

Exercício físico estimulador da saciedade

Se você é daqueles que lutam contra a balança, saiba que agora há mais um motivo para praticar exercícios. Além de promover o gasto de energia, a atividade física é capaz de diminuir a ingestão de alimentos por obesos.

É o que mostra uma pesquisa com ratos realizada na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e apresentada na 24ª Reunião Anual da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), realizada de 19 a 22 de agosto em Águas de Lindoia (SP).

A descoberta é uma mudança de paradigma no que diz respeito à relação entre atividade física e obesidade. Até então, o exercício era visto somente como forma de promover o gasto de energia. O novo estudo, vinculado ao Instituto Nacional de Obesidade e Diabetes, mostra que o exercício tem um duplo benefício.

A obesidade, hoje considerada um problema de saúde mundial, provoca um processo de inflamação de baixa intensidade em uma região do cérebro chamada hipotálamo, que, entre outras funções, está envolvida no controle da saciedade.

Em um indivíduo saudável, o hipotálamo é sensível à ação dos hormônios insulina e leptina, que conseguem penetrar nesse tecido cerebral e aumentar a expressão de peptídeos (chamados anorexigênicos) que reduzem a ingestão de alimentos. Mas a inflamação faz com que o hipotálamo se torne resistente à ação da insulina e da leptina.

Uma forma de vencer essa resistência é o que descobriram o professor de educação física Eduardo Ropelle e seu orientador, o médico José Barreto, ambos do Laboratório de Investigação Clínica em Resistência à Insulina, da Unicamp.

O estudo feito por eles mostrou que a atividade física é capaz de reduzir a inflamação no hipotálamo de obesos e restaurar a sensibilidade dos neurônios dessa região à insulina e à leptina. Esse efeito contribui para a redução da ingestão alimentar e, consequentemente, do peso corporal. “Até hoje nenhuma terapia havia sido capaz de reverter a inflamação hipotalâmica”, comemora Ropelle.

Proteína anti-inflamatória Para chegar a essa conclusão, a equipe submeteu 34 ratos magros e obesos a duas sessões de 3 horas de exercício com 45 minutos de intervalo entre elas. “Com apenas uma sessão de exercício, a ingestão alimentar dos ratos obesos foi reduzida aos níveis observados nos ratos magros”, conta Ropelle. Segundo o pesquisador, esse fenômeno se deve à ação da proteína interleucina-6, produzida no hipotálamo em resposta ao exercício físico. “Embora esta seja uma proteína inflamatória, dependendo do tecido do corpo, ela pode fazer a inflamação avançar ou reduzir”, explica Ropelle. No caso do hipotálamo, a interleucina-6 aumenta a produção de interleucina-10, que é uma proteína anti-inflamatória. “O exercício é um modelo capaz de alterar localmente a interleucina-6”, explica o pesquisador. Para confirmar a ação dessa proteína, o grupo injetou-a no hipotálamo de ratos obesos e também observou a redução da ingestão alimentar. “A interleucina-6 mimetizou o efeito do exercício”, conclui Ropelle. Look!!!!!! Mas, se você não é muito chegado à atividade física e já está pensando na possibilidade de uma droga milagrosa que aumente a quantidade de interleucina-6 no hipotálamo, não se iluda. Ropelle esclarece que a proteína precisaria ser aumentada somente nessa região do cérebro – pois ela tem ação diferente em outros tecidos do corpo –, o que não é uma tarefa fácil. Além disso, mesmo que a interleucina-6 pudesse ser direcionada ao hipotálamo, sua administração por via externa poderia afetar outras funções controladas por essa área cerebral, como a secreção de hormônios e a temperatura corporal. Portanto, mais do que nunca, o melhor remédio contra a obesidade é mesmo o exercício.

Primeiro transplante de célula-tronco no tratamento da Silicose

Pesquisadores brasileiros acabam de realizar um feito inédito rumo ao uso de terapias celulares para tratar doenças pulmonares. Um grupo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) realizou com sucesso o primeiro transplante de células-tronco em um paciente com silicose, doença sem cura nem tratamento que causa insuficiência pulmonar e afeta cerca de 6 milhões de pessoas no Brasil.

A silicose é causada pela inalação do pó de sílica, um dos óxidos mais abundantes da crosta terrestre e que ocorre na forma de areia, pedra e quartzo, entre outras. As vítimas são na maior parte trabalhadores da construção civil, mas a doença afeta também empregados da mineração, do garimpo e de indústrias de transformação de minerais, metalúrgica, química, de borracha, de cerâmica e de vidro.

Ao ser inalada, a sílica vai para o pulmão, onde os macrófagos (células que englobam e digerem elementos estranhos ao corpo) tentam digeri-las sem sucesso e acabam destruídos. Esse processo causa inflamação e cicatrizes no pulmão, que, em um período de 20 a 30 anos, evoluem para insuficiência pulmonar grave e até a morte.

Paciente n.º 1
A equipe da UFRJ, coordenada pelo biofísico Marcelo Morales, do Instituto de Biofísica, iniciou na quinta-feira, dia 20 de agosto, a primeira fase de testes clínicos da terapia celular para a doença. O primeiro paciente recebeu um implante de células-tronco retiradas de sua própria medula óssea e injetadas diretamente no pulmão por meio de broncoscopia (em que um aparelho é introduzido no sistema respiratório pela boca do paciente).

“É o primeiro procedimento desse tipo no mundo e podemos considerá-lo um sucesso”, destaca o biofísico. As células-tronco implantadas foram marcadas com tecnécio, um elemento químico radioativo, o que permitiu aos cientistas verificar que elas permaneceram nos pulmões do paciente após o transplante.

Segundo Morales, todo o processo – da retirada das células-tronco ao seu implante no pulmão – foi realizado em um único dia no Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, da UFRJ. “O paciente passa bem e no mesmo dia já estava comendo e falando”, conta o pesquisador, que recebeu a boa notícia durante a 24ª Reunião Anual da Federação das Sociedades de Biologia Experimental (Fesbe), realizada na semana passada em Águas de Lindoia (SP).

Morales ressalta que o Brasil é pioneiro no tratamento com células-tronco, mas passa hoje por uma nova fase de pesquisa. “Estamos voltados para entender os mecanismos de ação dessas células, de forma a podermos intervir e melhorar o seu uso.”

sábado, 29 de agosto de 2009

Distúrbios do Fígado, da Vesícula Biliar e do Pâncreas

O fígado, a vesícula biliar e o pâncreas são órgãos vitais na digestão, absorção e metabolismo dos alimentos, bebidas e fármacos. Como todos os órgãos, eles são vulneráveis à infecção, lesão tóxica e malignidade. Freqüentemente, como no caso de doença estão relacionadas ao estilo de vida e, assim sendo são evitáveis.


DOENÇA HEPÁTICA ALCOÓLICA
Ao longo de muitos anos, o consumo excessivo constante de álcool pode levar a grave lesão hepática. Os efeitos tóxicos de certas substâncias químicas presentes no álcool podem lesar o fígado de diferentes modos, e em algumas pessoas esse efeitos tóxicos podem aumentar o risco de desenvolver câncer de fígado.

PROGREÇÃO DA DOENÇA
O álcool pode causar um amplo espectro de doenças hepáticas dependendo do número de anos de alcoolismo. Quase todos as pessoas que ingerem grandes doses de álcool durante muito tempo têm o que se conhecer como “fígado gorduroso”. Quando o álcool é decomposto nos seus vários constituintes (metabolizado), ele produz gordura. Glóbulos de gordura se alojam nas células do fígado gorduroso não causa qualquer sintoma, mas os resultados de exames de sangue podem ser anormais.
Se uma pessoa para de beber neste estágio, a gordura desaparece do fígado pode eventualmente voltar ao normal. Todavia o alcoolismo continuado pode levar a hepatite alcoólica, na qual o fígado se torna inflamado. Os sintomas variam desde nenhum até doença aguda e icterícia. O estagio final da lesão hepática alcoólica é a cirrose, que pode ser fatal. Freqüentemente a única opção de tratamento neste estágio é um transplante de fígado.

ESTÁGIOS:
COMO A LESÃO OCORRE:
Quando o álcool (etanol) é decomposto, forma-se uma substância denominada acetaldído. Pensa-se que essa substância química se liga a proteínas de células hepáticas a que pode causar lesão, inflamação e fibrose.


FIGADO GRODUROSO: um dos subprodutos do metabolismo do álcool é gordura, á claramente visível como placas amarelas ou brancas ao se cortar o fígado. A patologia é reversível se o consumo do álcool for suspenso.

HEPATITE ALCOÓLICA: No consumo excessivo e continuado de álcool, o fígado gorduroso pode evoluir para hepatite. O fígado se trona inflamado infiltrado com leucócitos. As células do fígado os hepatócitos podem se tornar gravemente lesados e morrer.


CIRROSE: Neste estágio final da doença hepática alcoólica, a fibrose e o tecido cicatricial do fígado impõem risco de morte. Como as células estão permanentemente lesadas, o fígado é incapaz de desempenhar suas funções normais.

sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Radicais Livres: Dicas de Como Evitar Suas Ações no Nosso Organismo


Você sabe o que é antioxidante? E oxidação? É difícil mesmo explicar. A oxidação é um processo complicado. A gente pode comparar com uma barra de ferro nova, recém fundida, com o nosso corpo jovem. À medida que o tempo passa, a barra fica exposta à ação do oxigênio e sofre reações químicas que produzem a ferrugem.
Com o nosso corpo é mais ou menos assim, pois o mesmo oxigênio que tão é essencial à nossa vida, também produz radicais livres - o correspondente à ferrugem que cobre a barra de ferro.

O processo acontece dentro das células. Esses radicais livres podem atacar qualquer parte do corpo. Eles causam o envelhecimento e podem levar a doenças cardíacas, diabetes, câncer. Está aí a importância dos antioxidantes, substâncias que reduzem a oxidação e combatem os radicais livres.

Os mais comuns são as vitaminas C e E, betacaroteno e isoflavonóides, encontrados em suplementos alimentares e nas famosas pílulas da beleza. Podem ser comprados prontos ou preparados sob encomenda nas farmácias de manipulação. Mas não é preciso tomar as pílulas para garantir a quantidade necessária de antioxidante. A solução está bem ao alcance das nossas mãos. Uma alimentação saudável, equilibrada, fornece todos as substâncias antioxidantes necessárias ao bom funcionamento do organismo.
O caju, por exemplo, é fonte de vitamina C, assim como a castanha, que é rica em substâncias antioxidantes.

Duas dicas importantes para aproveitar bem a vitamina C das frutas: depois de partir, consuma imediatamente. Com o passar do tempo os nutrientes se perdem. E não se iluda: a polpa de fruta congelada praticamente não tem vitamina.
Uma coisa que pouca gente sabe: assim como o azeite, o óleo de soja também é fonte de vitamina e é bem mais barato. E o poder da soja não pára por aí.
Os carotenóides também são antioxidantes muito importantes na nossa dieta. Eles são encontrados nos alimentos de cor vermelha, como o tomate, a cenoura e a própria batata doce.

A gente não pode esquecer de falar da castanha do pará, um produto nacional e que contém uma quantidade muito grande de selênio, substância antioxidante. Basta o consumo de uma castanha por dia para se ter a quantidade de selênio necessária para a função antioxidante no organismo.
Algumas dicas importantes:
Suco 1 - verde – desintoxicante e antiinflamatório
É ótimo para a pele. A folha de couve acrescenta clorofila e o sabor quase não se percebe porque predomina a laranja e maça
- laranja lima
- couve
- maçã
Suco 2 - este é um elixir antioxidante ideal para ser tomado em jejum
É muito utilizado por quem faz quimioterapia. Ajuda a prevenir também câncer do pulmão, além de conter todas as vitaminas
- laranja pêra
- beterraba
- cenoura
Suco 3
- Uva (puro flavonóide). Uma tese feita na USP comprovou que o suco de uva puro tem o mesmo efeito vasodilatador do vinho e por isso é bom para o sistema cardiovascular

Suco 4 - amora É a fruta da moda na categoria dos antioxidantes. E como no Brasil tem muitas casas com amoreiras nos quintais, vale a dica. - amora (recupera os neurônios)

PANCREATITE


O pâncreas é um órgão situado na parte superior do abdômen, aproximadamente atrás do estômago. É um órgão com várias funções, sendo parte responsável pela produção de insulina e parte responsável pela produção de substâncias necessárias para a digestão dos alimentos. Grafe inflamação do pâncreas que pode causada por ingestão excessiva de álcool ou por cálculos biliares. A pancreatite pode ser aguda ou crônica. Nos dois tipos a inflamação e desencadeada pelas enzimas produzidas pelo próprio pâncreas para auxiliar na digestão de alimentos no duodeno. Estas enzimas se tronam ativas ainda no interior do órgão e começam a digerir o tecido. Existem muitas causas de pancreatites aguda; as mais comuns são por cálculos biliares, álcool, alguns medicamentos, e certas infecções, excesso de funcionamento da glândula paratireóide, malformações do pâncreas, exames com uso de contraste nos canais biliares e pancreáticos. A bile, produzida pelo fígado, e as substâncias produzidas pelo pâncreas são levadas até o intestino por pequenos canais, e no seu final por um canal único para os dois órgãos. Quando um cálculo (popularmente chamado de pedra), formado na vesícula ou em qualquer parte desses canais, obstrui o fluxo para o intestino pode ocorrer um quadro de pancreatite. A outra grande causa de pancreatite é o consumo excessivo de álcool. O uso crônico de quantidades excessivas de álcool pode levar tanto a episódios agudos de pancreatite como à própria pancreatite crônica. Nos dois tipos a principal característica é a dor. Na pancreatite aguda, ela é praticamente forte e pode ser acompanhada de náusea e vômitos o principal sintoma é dor abdominal. Geralmente é localizada próximo da "boca do estômago", podendo espalhar-se como uma faixa para os lados e para as costas. Náuseas e vômitos costumam ocorrer associados à dor. Em geral se inicia subitamente e torna-se progressivamente mais forte e contínua. Na pancreatite crônica, além da dor, pode haver diarréia com eliminação de gordura nas fezes. Isso ocorre porque, a partir de certo ponto, o pâncreas torna-se insuficiente na produção de enzimas necessárias para a digestão e absorção da gordura contida nos alimentos. Por esse motivo, nota-se diarréia de intensidade variável, podendo até ser muito intensa, com cheiro rançoso e contendo gordura, que parece como "pingos de azeite boiando na água". A dor na pancreatite crônica pode ser permanente, necessitando de analgésicos potentes, ou pode aparecer em crises, geralmente provocadas pelo consumo de álcool. O médico faz o diagnóstico com os sintomas descritos pelo paciente e o exame clínico, associado à história de consumo de álcool ou de cálculos na vesícula biliar, faz o médico suspeitar do diagnóstico. Exames de sangue, ecografia abdominal (ultra-sonografia) e Rx de abdômen, são usados para a confirmação da doença.

CÁLCULOS BILIARES


Massas pequenas e duras formadas a partir da bile podem ocorrer na vesícula biliar. Elas causam dor quando avançam e se alojam em ductos adjacentes. A maioria dos cálculos biliares consiste primeiramente em colesterol, uma substância gordurosa processada no fígado e armazenada na vesícula biliar podem se formar se a “mistura” normal da bile está alterada e o conteúdo de colesterol é alto. Eles são muitos mais comuns em mulheres e incomuns antes dos 30 anos de idade. Muitas pessoas com cálculos biliares não apresentam sintomas. Eles ocorrem somente quando um cálculo se aloja num dos ductos que deixam a vesícula biliar. O principal sintoma é a dor, que varia em intensidade e freqüentemente se desenvolve após uma refeição rica em gordura quando a bile é liberada da vesícula para auxiliar na digestão (emulsificar a gordura). Para cálculos biliares sintomáticos, o tratamento é freqüentemente uma colescistectomia, cirurgia laparoscópica para a remoção da vesícula biliar.

Os benefícios do café para a saúde


O café é uma das bebidas mais consumidas em todo o mundo, apesar de alguns preconceitos. Entretanto, tomar um “cafezinho” em doses moderadas pode trazer à saúde mais benefícios que o simples prazer de degustar a tradicional bebida. O cientista Tomas De Paul is, da norte-americana Vanderbilt University Institut for Coffee Studies acaba de realizar 19 mil testes com a bebida. O resultado das pesquisas mostra que o efeito benéfico é maior do que se pensa. De Paul is diz,” que crianças que tomam café com leite uma vez ao dia têm menos chance de desenvolver depressão do que aquelas que não consomem a bebida”. Mas as novidades não param aí. "Quem já não ouviu falar que o consumo de café interfere na absorção do cálcio e pode acelerar a osteoporose? Ou que o café está associado a males do estômago, à agitação e pode causar dependência? O fato é que o café, que já foi símbolo da economia do Brasil, também pode trazer benefícios à saúde", diz Fábio Ravaglia, presidente do Instituto de Ortopedia e Saúde e membro do corpo clínico externo do Hospital Albert Einstein e do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.
Dizem que a bebida reduz o colesterol, auxilia no combate a doenças coronarianas, proporciona efeitos antidepressivos, reduz o risco do Mal de Parkinson, protege contra diabetes do tipo Dois, desenvolve ação anti oxidante e auxilia em processos de emagrecimento e na prevenção de alguns tipos de câncer.
"Há estudos recentes, inclusive, que indicam que substâncias presentes no café podem prevenir demências e Alzheimer e que o consumo moderado e regular inibe o alcoolismo e a depressão", afirma Ravaglia. Ele observa que, no Brasil, a Fundação Zerbini assinou, em 2006, um protocolo com a Associação Brasileira da Indústria do Café para a criação da Unidade de Pesquisa Café-Coração do Incor, que até hoje tem conduzido pesquisas sobre a bebida.
O café contém anti-oxidantes que ajudam a controlar o dano causado às células que contribuem para o desenvolvimento da doença. "Pessoas que bebem de quatro a seis xícaras de café por dia têm 28% menos chances de desenvolver a doença, enquanto as que consomem uma ou duas xícaras têm maiores chances de desenvolver diabetes tipo 2", diz Ravaglia.
Ele diz que o Kaiser Permanente, instituto localizado na Califórnia, apontou, ainda, que o café ajuda a prevenir a cirrose alcoólica, doença crônica do fígado causada pelo alcoolismo. O estudo reuniu informações de 125.580 pacientes sobre o consumo de café, álcool e chá, e as comparou com registros de casos de cirrose nesses pacientes, o que demonstrou que quanto maior a quantidade de café ingerido, menores as probabilidades de desenvolvimento da doença. Um estudo publicado na revista Annals of Internal Medicine confirmou resultados anteriores de que o consumo de café está associado a uma menor mortalidade ao longo dos anos independente da sua causa. Mais de 120 mil americanos foram acompanhados por um período de 18 a 24 anos com questionários periódicos sobre o consumo de café. Demonstrou-se que o grupo de indivíduos com consumo maior que quatro a cinco xícaras por dia foi mais beneficiado do que os grupos com menor consumo. Esse efeito também foi demonstrado no caso do consumo de café descafeinado, sugerindo que a cafeína não é a estrela maior do café nesse caso. Além disso, a redução da mortalidade por doenças cardiovasculares foi a mais expressiva, incluindo aí tanto o enfarto do miocárdio como o derrame cerebral. Não houve associação entre o consumo de café e o aumento e mortalidade por câncer.
A revista Stroke (American Heart Association) por sua vez publicou um estudo conduzido na Finlândia que mostrou que o risco de derrame cerebral entre homens fumantes é menor naqueles que consumiam bastante café. O grupo que consumia mais de oito xícaras por dia apresentou uma chance 23% menor de apresentar um derrame cerebral isquêmico quando comparado ao grupo com consumo menor que duas xícaras por dia. Nesse estudo, o consumo de mais de duas xícaras de chá por dia também foi associado a uma menor chance de derrame.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Sono e Calcificação nas Artérias


Dormir uma hora a mais por noite pode reduzir o risco de calcificação das artérias, um dos primeiros sintomas das doenças cardiovasculares, de acordo com um estudo publicado no "Journal of the American Medical Association".
O ganho dessa hora suplementar de sono equivale a uma queda de 17 milímetros de mercúrio da tensão sistólica, destacam os autores da pesquisa realizada no Centro Médico da Universidade de Chicago, norte dos EUA.
Dormir uma hora a mais por dia reduz a calcificação de artérias, que provoca os acidentes cardiovasculares; ideal é dormir mais de 5h.
Pelo menos 12% dos 495 participantes desse estudo --voluntários com boa saúde na faixa dos 40 anos-- começaram a ser vítimas de calcificação de suas artérias ao longo de um período de acompanhamento de cinco anos.
Artérias calcificadas foram descobertas em 27% dos participantes que dormem menos de cinco horas por noite.
Essa taxa caiu para 11% nos que dormem entre cinco e sete horas. No caso dos que dormem mais de sete horas, apenas 6% tiveram calcificação das artérias.
Os benefícios do sono, para as artérias, parecem mais significativos nas mulheres, mas não foram verificados entre as etnias.
"A coerência e a amplitude da diferença" entre os indivíduos do estudo, em função da duração de seu sono e do grau de calcificação arterial, "surpreenderam-nos", disse Diane Lauderdale, professora de Saúde Pública na Universidade de Chicago e principal autora da pesquisa.
"Essas diferenças são um mistério, e nós podemos apenas nos perder em conjeturae sobre as razões pelas quais os que dormem menos têm risco maior de desenvolver uma calcificação de suas artérias coronárias", acrescentou.
Pesquisas recentes levam a crer que uma privação crônica parcial do sono pode ser um fator de risco referente a um conjunto de problemas médicos, como ganho de peso, diabetes e hipertensão, completam os autores do estudo publicado no Jama.

Crianças menores de um ano não devem consumir mel


É recomendado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) que crianças com menos de um ano de idade não consumam mel. Tal recomendação se deve com o objetivo de prevenir a ingestão de esporos da bactéria Clostridium botulinum, bacilo responsável pela transmissão do botulismo intestinal. Com relação a crianças com mais de um ano de idade e adultos sem problemas de saúde relacionados à flora intestinal não há restrições do consumo de mel.


Mesmo não havendo nenhuma confirmação de casos doença no Brasil, a atuação da Anvisa está fundamentada em publicações oficiais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (como, por exemplo o Manual Integrado de Vigilância Epidemiológica do Botulismo - PDF) e publicações científicas sobre contaminação do mel brasileiro com Clostridium botulinum. "Resultados de pesquisas (PDF) apontam que 7% das 100 amostras de mel comercializadas por ambulantes, mercados e feiras livres, em seis estados brasileiros, estavam contaminadas com o bacilo."


"O assunto foi pautado pela Agência em duas reuniões da Câmara Técnica de Alimentos, fórum formado por professores especialistas que fornecem suporte técnico à Gerência Geral de Alimentos da Anvisa. “A discussão ocorrida na Câmara Técnica de Alimentos resultou na publicação do Informe Técnico 37, que alerta pais e educadores para não incluir o mel na alimentação de crianças menores de um ano”, explica a diretora da Anvisa, Maria Cecília Martins Brito.


O botulismo intestinal só se inicia após a transformação dos esporos do Clostridium botulinum para a forma vegetativa (início das atividades metabólicas do microrganismo). Na forma vegetativa, esse bacilo se multiplica e libera toxina botulínica no intestino. 'É importante lembrar que a multiplicação do Clostridium botulinum e liberação da toxina no intestino só ocorre em crianças que ainda não possuem a flora intestinal completamente formada ou em adultos com alguma doença que possa alterar essa flora protetora', afirma Brito.
Em adultos sem problemas relacionados à flora intestinal, o consumo desses esporos nos alimentos não gera qualquer tipo de problema para a saúde. 'A vigilância sanitária está trabalhando com o princípio da precaução, uma vez que o alto teor de açúcar e a baixa atividade de água, próprios do mel, impedem a germinação do esporo e, conseqüentemente, a produção da toxina', finaliza a diretora da Anvisa.


Botulismo:

  • Doença neuroparalítica grave, não contagiosa.
  • Resulta da ação de uma potente toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum.
  • Quando provocada pela ingestão de alimentos contaminados, é considerada doença transmitida por alimento. Nas amostras de alimentos é comum encontrar formas esporuladas do Clostridium botulinum, em especial no mel.
  • O botulismo intestinal é um modo de transmissão do botulismo e ocorre com maior freqüência em crianças com idade entre 3 e 26 semanas. Está associado à ingestão de esporos da bactéria presentes em alimento contaminado.
  • De acordo com a Portaria 5/2006, da Secretária de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, o botulismo é doença de notificação compulsória. As suspeitas de casos exigem notificação à vigilância epidemiológica local e investigação imediata.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Úlcera de Buruli

A úlcera de Buruli (BU) que tem como agente etiológico a bactéria Mycobacterium ulcerans é uma doença tropical necrotizante que afeta a pele. Essa pode causar deformidades terríveis à pele se não for tratada em uma fase precoce.
A BU afeta essencialmente comunidades rurais, pobres da Africa. A patologia da úlcera de Buruli está intimamente associada com a micolactona, uma exotoxina produzida pela M. ulcerans. É sabido que a micolactona associada à parede celular, ou livre, que se difunde pelos tecidos, induz a apoptose e necrose das células do hospedeiro, levando à formação de úlceras sendo possível caracterizar histopatologicante a úlcera de Buruli.

sábado, 22 de agosto de 2009

Condiloma Acuminado

O condiloma cuminado é uma lesão na região genital, causada pelo Papilomavirus Humano (HPV). A doença é também conhecida como crista de galo, figueira ou cavalo de crista.
SINAIS E SINTOMAS:
Verrugas com aspecto de couve-flor e de tamanhos variáveis nos órgãos genitais. Pode ainda estar relacionado ao aparecimento de alguns tipos de câncer, principalmente no colo do útero, pênis ou no ânus.
CONTÁGIO:
A transmissão se dá pelo contato direto com a pele contaminada, também pode ocorrer durante o sexo oral. Ainda há a possibilidade de contaminação por meio de objetos como toalhas, roupas íntimas, vasos sanitários ou banheiras.
Na maioria das vezes os homens não manifestam a doença. Ainda aassim são transmissores do vírus.
TRATAMENTO:
Por diversos métodos - químicos, quimioterápicos, imunoterápicos e cirúrgicos. O resultado da maioria destes é a destruição do tecido doente.

Síndrome de Reye

Maior ocorrência:
Ocorre principalmente em crianças pequenas e adolescentes, podendo atingir adultos.
Causas:
Normalmente acontece após infecção viral e uso de ácido acetilsalicílico (AAS).
Consequências:
Acredita-se que uma interação entre o quadro viral e o uso do AAS desencadeie uma reação que leva ao acúmulo de gordura no fígado de gordura no fígado de forma rápida, como também alterações neurológicas.
Diagnóstico:
Deve ser feito quando alguém que sofreu infecção viral e fez o uso do AAS apresenta um quadro de confusão mental, alteração da função do fígado ou mesmo entra em coma.

As Úlceras por pressão, são complicações em pacientes hospitalizados, internados em casas de repouso, asilos ou mesmo em ambiente domiciliar. Elas ocorrem, não somente no Brasil, mas, em outros países, até mesmo os mais desenvolvidos. Atingem principalmente indivíduos imobilizados no leito e/ou acamados ou com restrição de movimentos devido a alguma doença ou seqüela.
As úlceras por pressão desenvolvem-se quando o tecido (pele) é comprimido entre a proeminência óssea e a superfície externa (cama, colchão) por um longo período de tempo. Acontece quando a pessoa permanece muito tempo acamada. Com o objetivo de facilitar a prevenção e o tratamento, as úlceras de pressão são divididas em 4 estágios:
ESTÁGIO 1 - A pele fica muito avermelhada, mas intacta.
ESTÁGIO 2 - A pele fica lesada em forma de bolha, abrasão ou cratera.
ESTÁGIO 3 - A úlcera ultrapassou a pele, mas ainda não acometeu o músculo.
ESTÁGIO 4 - A úlcera ultrapassou outros tecidos, chegando aos músculos, tendões ou ossos.

COMO EVITAR AS ÚLCERAS POR PRESSÃO?

Evitar as úlceras de pressão é um grande desafio para as equipes de saúde. É comum associarem a presença das úlceras como conseqüência negativa da assis­tência de enfermagem. Entretanto esta questão é discutida mundialmente, pois, o aparecimento das úlceras envolve outros fatores como:

- declínio das condições físicas do paciente;

- falência das condições nutricionais, ou seja, deficiência de vitaminas, proteínas, e água nos tecidos;

- idade, quando a pele torna-se mais frágil e propensa a desenvolver lesões;

- indivíduos muito emagrecidos ou muito obesos; entre outros.

Utilizamos os seguintes materiais para o conforto e segurança do paciente:

- colchão caixa de ovo: espuma com grumos que diminuem o contato e a pressão da pele com acama;

- colchão pneumático movido a ar, que faz movimentos, aliviando a pressão da pele com acama;

- coxins de espuma, coxins de gel e bóias de ar: são materiais utilizados nas proeminências ósseas que ficam em contato com a cama;

- avaliação diária da pele durante o banho do paciente a fim de identificar o aparecimento de alguma lesão desde o início;

- mudança da posição do paciente com intervalos curtos a fim de aliviar a pressão nas áreas de atrito da pele com a cama e colchão;

- higiene para manter a pele limpa e seca, livre de possíveis descamações.

COMO TRATAR AS ÚLCERAS POR PRESSÃO?

No caso de falHarim todas as medidas preventivas utili­zadas, tanto no atendimento hospitalar como no domiciliar, e a úlcera de pressão atingir o paciente, os tratamentos são os mais diversos e sempre devem ser feitos levando-se em consideração o paciente como um todo. Devem ser avaliados os fatores internos e externos que levaram ao aparecimento das lesões e trabalhar em conjunto com todos os profissionais que atuam para a saúde do paciente (enfermeiros, auxiliares de enfermagem, médicos, nutricionistas, fisioterapeutas, assistentes sociais e psicólogos).

As medidas para evitar as úlceras de pressão devem ser intensificadas nas instituições de saúde, pois quando elas ocorrem, além de trazer sofrimento aos pacientes, aumentam os dias de internação e, como conseqüência, aumentam os custos da hospitalização. No ambiente domiciliar causam transtornos e gastos à família do paciente.


Morte celular programada
O mecanismo de apoptose ainda é muito obscuro e desconhecido na área médica, sabemos tratar-se de um “suicídio” celular obedecendo a uma programação gênica que, quando necessário, é ativada. Vários mecanismos como fatores de crescimento, hormônios, lesões celulares estão envolvidos nesta ativação e ou inibição. Sabemos que quando a célula encontra-se com uma lesão irreversível este mecanismo é acionado de modo que as células vizinhas não sofram nenhuma espécie de lesão decorrente de sua morte. É realmente extremamente interessante estudarmos as particularidades deste evento e suas especificidades moleculares já que possivelmente trata-se de um mecanismo de terapia gênica para a supressão tumoral.

Alguns fatores ou períodos da vida onde a apoptose esta ativada:
- Desenvolvimento embrionário (embriogênese);
- Mecanismo homeostático para a manutenção das populações celulares;
- Defesa – mecanismos de auto-imunidade;
- Células lesadas por agentes nocivos ou mesmo em distúrbios hemodinâmicos;
- Envelhecimento.

São responsáveis pelos eventos:
- Embriogênese;
- Indução hormônio dependente (endométrio na menstruação);
- Deleção celular em células proliferativas (epitélios);
- Morte celular em tumores;
- Morte de células imunes ou auto-reativas (timo – seleção positiva);
- Morte celular induzida por células T citotóxicas;
- Atrofia patológica após obstrução ductal (pâncreas, rins);
- Lesões celulares: radiações, quimioterapias, hepatites virais, etc;
- Morte por estímulos nocivos leves.

Sarcoidose


É uma doença inflamatória, de causa desconhecida. Afeta principalmente pessoas adultas, com preferência pelo sexo feminino e provoca lesões na pele e outros órgãos, como pulmões, linfonodos (gânglios), fígado, baço, olhos e ossos. É doença rara e parece haver uma predisposição familiar.
As lesões cutâneas podem se manifestar de formas diferentes. A confirmação do diagnóstico deve ser feita através de exame de uma biópsia da lesão ao microscópio (exame histopatológico, exame que ainda não compete ao Biomédico realizar).
Nas formas agudas da doença, pode ocorrer a formação de nódulos inflamatórios acompanhados por febre e dor articular. É mais frequente em mulheres jovens. Em outra forma clínica, as lesões cutâneas formam placas elevadas e avermelhadas, de tamanhos variados, cuja localização mais frequente é a face.
Uma das manifestações mais frequentes recebe o nome de Lupus pérnio, e se apresenta como infiltração localizada nas regiões centrais da face, de coloração vermelho-violácea. A sarcoidose também pode se apresentar formando placas avermelhadas, anulares (formato de anel) com as bordas elevadas e centro atrófico (deprimido) ou pela formação de nódulos subcutâneos recobertos por pele de aspecto normal.
Uma característica que também pode ocorrer é a infiltração de cicatrizes antigas, que se tornam elevadas e avermelhadas.
Além da pele, a sarcoidose atinge outros órgãos, sendo o pulmão um dos mais afetados, onde a doença provoca infiltração dos gânglios e do tecido pulmonar, podendo evoluir para fibrose pulmonar, com dificuldades respiratórias e cardiovasculares. A doença provoca também o aumento do fígado e do baço, inflamação ocular (uveíte) e alterações ósseas (dedos em salsicha) e articulares.O tratamento das lesões cutâneas da sarcoidose pode ser feito com o uso de corticosteróides tópicos (cremes e pomadas) ou através da infiltração de corticóide injetável nas lesões.
Quadros mais graves, ou com comprometimento de outros órgãos, necessitam de tratamento sistêmico com corticosteróides ou outras substâncias como a oxifenilbutazona, a cloroquina ou drogas imunossupressoras.

Amiloidose o que é isso???

A amiloidose é uma doença rara na qual ocorre o acúmulo de uma proteína chamada amilóide, distribuída em vários tecidos do organismo, com características tintoriais, ultra estruturais e químicas próprias.
Quando vários órgãos se tornam insuficientes e o paciente apresenta sangramento fácil sem razão aparente, pode se tratar de um quadro de amiloidose.
A amiloidose é uma proteína que não está presente no corpo em condições normais . O acúmulo de grandes quantidades nos tecidos pode comprometer o funcionamento normal de muitos órgãos, incluindo órgãos vitais, sendo uma doença com potencial letal.
Existe muitas formas de amiloidose. Na amiloidose primaria, a causa é desconhecida. No entanto, a doença esta associada a alterações das células plamáticas, como o mieloma múltiplo, o qual também pode estar associado à amiloidose. A amiloidose secudaria é assim denominada devido ao fato dela ser secudária a outras doenças (p.ex: tuberculose, infecções dos ossos, artrite reumatóide, febre familiar do Mediterrâneo ou íleite glonulomatosa). Uma terceira forma, amiloidose hereditária, afeta os nervos e certos órgãos e foi detectada em indivíduos provenientes de Portugal, da Suécia, do Japão e de muitos outros paises. Uma outra froma de amiloidose está associada ao envelhecimento normal e afeta particularmente o coração. Normalmente, a causa do acúmulo excessivo de amilóde é desconhecida. Entretanto, a amiloidose pode ser uma resposta a várias doenças que causam infecção ou inflamação persistente. Além disso, uma outra forma de amiloidose está relacionada à doença de Alzheimer.
Nas amilodoses sistémicas, independente da causa, os rins são os órgãos mais afetados e os principais responsáveis pela morte, através de insuficiência renal crônica. Há deposição de amilóide nos tufos capilares, transformando o glomérulo numa bola hialina. O aspecto lembra o da hialinização glomerular associada à hialinose arterial na hipertensão, mas, na amiloidose, o glomérulo mantém praticamente a tamanho original ou aumenta um pouco de volume, pois está havendo deposição de uma substância exógena, enquanto que, na hialização glomerular de outro tipo, há atrofia por necrose e desaparecimento das células componentes.





















terça-feira, 18 de agosto de 2009

Envelhecendo Graciosamente


Os seres humanos têm uma duração de vida em torno de 75-85 anos, embora algumas pessoas vivam muito mais. O organismo em geral diminue sua função com a idade, mas as mudanças são geralmente pequenas até depois dos 60 anos de idade. Fatores genéticos e modo de vida são os pricipais contribuintes para a duração da vida de uma pessoa.
Tem sido demonstrado que as células podem se dividir apenas em um número fixo de vezes, após o qual elas perdem sua habilidade de funcionar corretamente. A fosforilação oxidativa por mitocôndrias é reduzida, bem como a síntese de ácidos nucléicos e de proteínas estruturais e enzimáticas, receptores celulares e fatores de transcrição. O tecido conjuntivo fica cada vez mais rígido, tornando os órgãos, os vasos sangüíneos e as vias aéreas mais endurecidas, de forma a não funcionarem tão eficientemente.
As alterações morfológicas são bem mais acentuadas, as menbranas celulares sofrem mudanças, a ponto de os tecidos terem mais dificuldades em receber o oxigênio e nutrientes, em eliminar dióxido de carbono e os resíduos. Incluem também as alterações nas organelas celulares, núcleo com lobos anormais, mitocôndrias vacuolizadas e pleomorfas, retículo endoplasmático reduzido e aparelho de Golgi distorcido. Ao mesmo tempo causando acúmulo de pigmentos "lipofuscina" e substâncias gordurosas no interior das células.
A velocidade de deteorização celular de um pessoa e, portanto, quanto ela viverá é um equilíbrio entre os erros que acontecem com as células e a grande eficiência que o corpo trabalha para impedir o estabelecimento destes danos.

sábado, 15 de agosto de 2009

O passado ressurge ainda mais forte!

O H1N1 é um descendente direto do vírus que causou a maior pandemia da história da humanidade. Esse vírus que causa a Gripe Suína ou a Nova Gripe é bem parecido com o da pandemia da gripe espanhola, que matou milhares de pessoas entre setembro de 1918 e abril de 1919. Foram 50 milhões de pessoas que morreram em todo o mundo, o equivalente a quase 4% da população mundial. O vírus é simples e para se ter idéia só tem uma hélice de RNA, diferente de nós que temos em cada célula uma Hélice dupla de DNA. Os vírus, a cada vez que se replicam ( no caso do H1N1 replicam o seu RNA), fazem cópias com pequenos erros aleatórios em seu material genético ( no caso do nosso vírus, o RNA). Estes erros fazem pequenas mudanças nos vírus, que multam. Essas mudanças são pequenas, fazendo com que o vírus só gradualmente se vá tornando diferente dos seus antecessores. O H1N1 ainda tem outra especialidade, que ajuda a trazer mutações ainda maiores: o seu RNA nem sequer é uma simples molécula; é, pelo contrário, composto de oito fragmentos separados, cada um deles comanda a síntese uma ou duas proteínas virais (11 no total). Basta um fragmento multar, para o vírus multar junto. Se dois multam, o vírus muda mais rápido. E é ai que mora o perigo. Esse fenômeno causa, a estes, uma grande resistência aos medicamentos.

Cronologia do Atual Terror Mundial

De Abril a Junho de 2009

Foi veiculado em fontes de grande credibilidade mundial, segundo posições tomadas pela organização mundial de saúde (OMS), que em 24 de abril de 2009 a OMS teria feito um pronunciamento diante dos inúmeros casos confirmado no México e Canadá. Cinco casos são confirmados na Califórnia e dois no Texas. Evidências mostram mais de 60 mortes no México estariam relacionadas com a doença. Em 25 de abril, a OMS, prepara uma ação urgente para controlar o avanço da gripe e chega à conclusão de que o aparecimento de um vírus da gripe suína transmissível de pessoa a pessoa representa uma “emergência em termos de Saúde Pública”. O Ministério da Saúde do Brasil anuncia q foi acionado o Gabinete Permanente de Emergência para acompanhar os casos de gripe suína detectados na América do Norte. Em 26 de abril, os EUA reportam 20 confirmações da doença provocada pelo vírus influenza A H1N1, e a Casa Branca afirma que, embora os casos sejam preocupante, não há motivo para pânico. Canadá confirma primeiros casos. No dia 27 de abril de 2009, os EUA confirmam 40 casos da doença. No México, 26 pessoas são diagnosticadas e sete mortes são reportadas – o ministro da Saúde mexicano chega a falar em mais de cem mortes, mas o número não é posteriormente confirmado. A Espanha registra seu primeiro caso. Em 28 de abril, sete países já confirmam casos da doença: Canadá, EUA, México, Nova Zelândia, Reino Unido, Israel e Espanha. Nos EUA, já são 64 pessoas infectadas. A Àustria e Alemanha confirmam casos, que já somam 148 no mundo. Primeira morte é registrada nos EUA, que já tem 91 casos. O México continua com 26 casos e 7 mortes. O presidente dos EUA recomenda que as escolas americanas com casos registrados de gripe suína “considerem fortemente” a possibilidade de cancelar aulas. O governo mexicano identifica Edgar Hernández, de 5 anos, morado de La Gloria, no estado de Veracruz, como “paciente zero” da epidemia. Em 30 de abril novos contágios são surgem na Holanda e na Suíça. O número de contaminações no mundo é de 257, dos quais 109 no EUA e 97 no México. A OMS informa que rebatiza a gripe suína “ gripe A (H1N1)”. A decisão teria ocorrido devido à pressão da indústria da carne e de governos dos países envolvidos na epidemia. O Ministro da Saúde diz que está monitorando quatro casos suspeitos de gripe suína no Brasil. Em 1º de maio de 2009 a epidemia se alastra por 13 países, com um aumento de 110 casos do dia anterior. O número de mortes no México aumenta para nove, e há 156 contaminados nesse país. O vírus chega ao sudeste asiático com um caso confirmado em Hong Kong. Em 3 de maio o governo norte-americano anuncia que espera ter vacinas prontas, tanto para a nova gripe do vírus H1N1 quanto para a gripe sazonal, no segundo semestre deste ano. Ao todo, 18 países reportam 898 casos de contaminação – a maioria (506) no México, incluindo 19 mortes. O número de brasileiros com suspeita de ter contraído a gripe sobe de 14 para 15. Em 5 de maio, o México reporta 822 casos confirmados da doença, enquanto os EUA têm 403. Segundo autoridades do Texas, uma mulher de 33 anos morreu vítima de gripe, aumentado o número de mortes nos EUA para 2, e no total para 31.

Em 7 de maio, os primeiros casos confirmados pelo ministério da Saúde – dois em São Paulo, um no Rio de Janeiro e um em Minas Gerais. Os quatro doentes tiveram passagens pelo México ou EUA. A OMS reporta 2.371 casos da doença em 24 países. Em 9 de maio, a Costa Rica confirma a primeira morte na América Central pela nova gripe. O Centro de Controle e Prevenção de Doença dos EUA divulga um novo balanço de casos e aumenta para 2.254 o número de infectados pelo vírus. Em 9 de maio de 2009 Cuba e china continental anunciam sues primeiros casos confirmados de gripe H1N1. EUA reportaram 2.618 infectados em 44 estados e México confirmam 56 mortes no país. Em 14 de maio, a OMS reporta mais de 6500 casos de gripe pelo mundo. O México registra mais quatro mortos, aumentando o número para 60. O Brasil tem 38 casos suspeitos. Em 15 de maio, a OMS contabiliza mais de 7.200 casos pelo mundo. Os EUA confirmam mais duas mortes (no Arizona e no Texas). A Malásia tem seu primeiro caso. O Equador também, em um paciente em Guayaquil. Em 18 de maio, o México registra mais duas mortes, e total de mostos atinge 74. A Grécia confirma seu primeiro caso e o Japão tem 125 doentes, a maioria por contato interno. No Brasil, o número de pessoas com suspeita de ter número de pessoas com suspeitas de ter contraído a nova gripe cai para 20. Em 20 de maio, os EUA registram a oitava morte pela gripe suína. Segundo a OMS, 40 países confirmam casos e 10.243 pessoas foram infectadas. No Brasil, o número de casos suspeitos caiu para 17. Taiwan registra seu primeiro caso de gripe H1N1. Em 21 de maio, no Brasil, mais um caso é confirmado no estado de São Paulo. O paciente, que está em tratamento, foi contaminado nos Estados Unidos. No mundo, há 11.034 infectados em 41 países e 85 mortes. Em 22 de maio, a OMS prevê que a gripe deve ter mais casos graves e mais mortes, principalmente no Hemisfério Sul. A Rússia registra seu primeiro caso, em paciente vindo dos EUA. O Brasil tem 9 casos confirmados e 13 suspeitos. Em 11 de junho, a OMS faz reunião extraordinária e declara pandemia pela gripe. A decisão foi motivada pelo aumento dos casos de infecção pelo vírus nos EUA, Europa, Austrália, América do Sul e em outros lugares. Em 12 de junho a companhia farmacêutica suíça Novartis AG anunciou a produção do primeiro lote de uma vacina contra a nova gripe A (H1N1). A empresa afirmou que a instalação poderá, potencialmente, produzir milhões de doses por semana. Seguindo a OMS, há 29.669 infectados em 74 países, com 145 mortes. Em 24 de junho, mais de 8.000 estudantes de nove escolas e de uma universidade do estado de São Paulo tiveram que abandonar as salas de aula devido ao risco de contágio da nova gripe. O Brasil registra de contágio da nova gripe. É registrado 399 infectados. Autoridades sanitárias argentinas liberam um navio da Transpetro da quarentena em função da nova gripe. Segundo a OMS, o número de mortes no mundo aumentou para 238. Em 28 de junho, o Brasil registrou a primeira morte pela nova gripe. O caminhoneiro gaúcho de 29 anos teria viajado à Argentina e estava internado havia 10 dias. Em 30 de junho, a cidade de Buenos Aires, na Argentina, declarou estado de emergência por causa da gripe suína. As aulas serão canceladas, antecipando o início das férias. O país registra 1.587 infecções e 26 mortes. No Brasil, chega a 680 o número total de pacientes infectados pela doença – e a Câmara dos Deputados registra primeiro caso. A maior parte das mortes pela doença no mundo tem ocorrido em jovens adultos, e a maioria das infecções, em crianças, segundo estudos.

O Brasil tem adotado formas de controle que visam concentrar os esforços na diminuição e no combate dos casos registrados, mas tendo em mente o grau de dificuldade e seriedade exigido por esta pandemia.

Pesquisa Realizada com a Saliva do Carrapato-estrela (amblyomma cajennense),Revela Esperança na Cura do Câncer.


No meio cientifico é de conhecimento os efeitos nocivos que o aracnídeo causa, a febre maculosa transmitida pela picada, muitas vezes fatal. Com a pesquisa que já se estende por seis anos os pesquisadores do Instituto Butantã em São Paulo revelaram que podem ser produzidos novos medicamentos contra o câncer, além dos anticoagulantes que se extrai da saliva do carrapato-estrela."O prognóstico é animador".
A pesquisa ainda será publicada os estudos foram destaque no 22º Congresso Internacional de Sociedade de Trombose e Hemostasia, realizado em Boston (EUA), no último mês de Junho. "imaginamos que a saliva do carrapato tivesse algum componente que inibe a coagulação, pois,como hematófago, precisa manter o sangue fluindo para se alimentar", explica a farmacêutica Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, pesquisadora do laboratório de bioquímica e biofísica do Instituto Butantã, coordenadora do estudo. Ao analisar a sequência do gene da glândula salivar do carrapato responsável pela produção de uma proteína anticoagulante. Os resultados foram comparados a uma proteína parecida com um anticoagulante do tipo TFPI encontrado na saliva humana. A cientista chegou a conclusão que a proteína presente na saliva poderia ser produzida em laboratório. O observado foi que ao introduzir um pedaço de DNA em bactérias Escherichia cole está passa a produzir a mesma proteína. "Elegemos esse clone e produzimos a proteína recombinante",disse Ana Marisa.
No ano de 2004 a pesquisadora entrou com um pedido de patente para o anticoagulante, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), logo descobriu que a pesquisa renderia mais de que um futuro anticoagulante e viu que estava diante de uma nova esperança para a cura do câncer. Testes realizados com a proteína em células sanguíneas para medir o nível de toxidade, foi observado que a substância é segura para células saudáveis e nociva para células tumorais. O experimento estendeu-se e passou a se fazer testes com cobaias (camundongos de laboratórios), com melanomas (câncer de pele) induzidos, o resultado foi excelente. No período de 42 dis submetidos a proteína os camundongos apresentaram reversão completa do tumor. "Testamos em culturas de células tumorais e a surpresa foi positiva, pois a proteína tem atividade altamente citotóxica para elas e não para células normais". Afirma Ana Marisa.
O estudo segue em fase pré-clínica, ainda demora alguns anos para ser usada em humanos passará por novos testes antes de ser aprovado. Isso já despertou o interesse da indústria farmacêutica, os laboratórios Biolab, Aché e União Química já formaram consórcio para a produção de futuros medicamentos. Más segundo a pesquisadora Ana Marisa "a burocracia pode emperrar todo o processo, pois o Instituto Butantã não tem autonomia para assinar patentes e a indústria farmacêutica questiona a falta de segurança jurídica".