No meio cientifico é de conhecimento os efeitos nocivos que o aracnídeo causa, a febre maculosa transmitida pela picada, muitas vezes fatal. Com a pesquisa que já se estende por seis anos os pesquisadores do Instituto Butantã em São Paulo revelaram que podem ser produzidos novos medicamentos contra o câncer, além dos anticoagulantes que se extrai da saliva do carrapato-estrela."O prognóstico é animador".
A pesquisa ainda será publicada os estudos foram destaque no 22º Congresso Internacional de Sociedade de Trombose e Hemostasia, realizado em Boston (EUA), no último mês de Junho. "imaginamos que a saliva do carrapato tivesse algum componente que inibe a coagulação, pois,como hematófago, precisa manter o sangue fluindo para se alimentar", explica a farmacêutica Ana Marisa Chudzinski-Tavassi, pesquisadora do laboratório de bioquímica e biofísica do Instituto Butantã, coordenadora do estudo. Ao analisar a sequência do gene da glândula salivar do carrapato responsável pela produção de uma proteína anticoagulante. Os resultados foram comparados a uma proteína parecida com um anticoagulante do tipo TFPI encontrado na saliva humana. A cientista chegou a conclusão que a proteína presente na saliva poderia ser produzida em laboratório. O observado foi que ao introduzir um pedaço de DNA em bactérias Escherichia cole está passa a produzir a mesma proteína. "Elegemos esse clone e produzimos a proteína recombinante",disse Ana Marisa.
No ano de 2004 a pesquisadora entrou com um pedido de patente para o anticoagulante, no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), logo descobriu que a pesquisa renderia mais de que um futuro anticoagulante e viu que estava diante de uma nova esperança para a cura do câncer. Testes realizados com a proteína em células sanguíneas para medir o nível de toxidade, foi observado que a substância é segura para células saudáveis e nociva para células tumorais. O experimento estendeu-se e passou a se fazer testes com cobaias (camundongos de laboratórios), com melanomas (câncer de pele) induzidos, o resultado foi excelente. No período de 42 dis submetidos a proteína os camundongos apresentaram reversão completa do tumor. "Testamos em culturas de células tumorais e a surpresa foi positiva, pois a proteína tem atividade altamente citotóxica para elas e não para células normais". Afirma Ana Marisa.
O estudo segue em fase pré-clínica, ainda demora alguns anos para ser usada em humanos passará por novos testes antes de ser aprovado. Isso já despertou o interesse da indústria farmacêutica, os laboratórios Biolab, Aché e União Química já formaram consórcio para a produção de futuros medicamentos. Más segundo a pesquisadora Ana Marisa "a burocracia pode emperrar todo o processo, pois o Instituto Butantã não tem autonomia para assinar patentes e a indústria farmacêutica questiona a falta de segurança jurídica".
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