sábado, 15 de agosto de 2009

O passado ressurge ainda mais forte!

O H1N1 é um descendente direto do vírus que causou a maior pandemia da história da humanidade. Esse vírus que causa a Gripe Suína ou a Nova Gripe é bem parecido com o da pandemia da gripe espanhola, que matou milhares de pessoas entre setembro de 1918 e abril de 1919. Foram 50 milhões de pessoas que morreram em todo o mundo, o equivalente a quase 4% da população mundial. O vírus é simples e para se ter idéia só tem uma hélice de RNA, diferente de nós que temos em cada célula uma Hélice dupla de DNA. Os vírus, a cada vez que se replicam ( no caso do H1N1 replicam o seu RNA), fazem cópias com pequenos erros aleatórios em seu material genético ( no caso do nosso vírus, o RNA). Estes erros fazem pequenas mudanças nos vírus, que multam. Essas mudanças são pequenas, fazendo com que o vírus só gradualmente se vá tornando diferente dos seus antecessores. O H1N1 ainda tem outra especialidade, que ajuda a trazer mutações ainda maiores: o seu RNA nem sequer é uma simples molécula; é, pelo contrário, composto de oito fragmentos separados, cada um deles comanda a síntese uma ou duas proteínas virais (11 no total). Basta um fragmento multar, para o vírus multar junto. Se dois multam, o vírus muda mais rápido. E é ai que mora o perigo. Esse fenômeno causa, a estes, uma grande resistência aos medicamentos.

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