A formação de quelóides é o resultado da produção excessiva de colágeno em cicatrizes. É mais comum e intensa em negros e dificulta as cirurgias reparadoras - principalmente de queimaduras -, pois a tentativa de corrigir os quelóides faz com que apareçam em maior número. Quelóide é uma hipertrofia celular que ocorre nas lesões cicatriciais de algumas regiões do corpo, ou seja, é "uma cicatriz que não sabe quando parar de crescer". Ele se caracteriza por uma cicatriz endurecida, que se eleva acima do nível normal da pele. O formato costuma ser irregular, e a lesão tem a tendência de aumentar progressivamente com o passar do tempo. Ao contrário das cicatrizes normais, o quelóide não diminui de espessura. Normalmente, quando a pele é lesada por qualquer agente, o processo de cicatrização ocorre deixando uma cicatriz plana. Às vezes, essa cicatriz é mais espessa (ou hipertrófica), porém ela não se estende além das margens da lesão, sendo chamada de "cicatriz hipertrófica". Freqüentemente, esse tipo de cicatriz melhora com o tempo, reduzindo sua espessura, e o tratamento pode ajudar a acelerar esse processo. Ela é diferente do quelóide, o qual pode formar-se um tempo após a lesão da pele e costuma se estender além das margens da lesão original (característica diferenciadora principal). A maioria dos quelóides aparece depois de machucados ou cirurgias, porém podem surgir espontaneamente ou até mesmo em locais de cicatrização de acne, queimaduras ou colocação de piercings. O quelóide acomete igualmente homens e mulheres. Existe maior relato de quelóides em mulheres jovens do que em homens jovens, porém isso pode refletir o hábito mais freqüente das mulheres de furar os lóbulos das orelhas, para o uso de brincos. Observa-se que a incidência de quelóide é quinze vezes maior em indivíduos de pele mais escura, e acredita-se que esse risco seja devido à descendência africana e não à coloração escura da pele. Os quelóides geralmente não causam sintomas, mas algumas vezes podem ser acompanhados por prurido ou dor. As cicatrizes costumam ser largas ou espessas, com tamanho maior do que esperado, havendo uma relação correspondente entre a forma e tamanho da lesão. A cicatriz começa como uma placa rosada ou avermelhada, de consistência firme e elástica, bem definida. Nos primeiros meses sua identificação pode ser comprometida, mas, a seguir, o crescimento excessivo e descontrolado faz com que a cicatriz cresça além dos limites da lesão original, se torne lisa, de forma irregular, hiperpigmentada, de consistência rígida e sintomática. Antes de qualquer coisa, deve-se ressaltar, que não existe uma cura para o quelóide, ou seja, não há como eliminar totalmente o problema. Atualmente, estão em andamento pesquisas com o objetivo de identificar um agente que consiga fornecer um tratamento mais eficaz, auxiliando talvez na prevenção de sua ocorrência. Os tratamentos disponíveis apresentam resultados variáveis e, além disso, qualquer interferência em um quelóide pode levar ao seu aumento de tamanho ou à formação de outro quelóide. As opções de tratamento são as seguintes: Coberturas, Curativos Compressivos, Cirurgia, Injeções de Corticosteróides, Criocirurgia, Radioterapia, Laser terapia e Tratamentos Naturais.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
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